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Litro do álcool já é vendido a R$ 1,899 em postos da região

A escalada do preço do álcool nos postos da região de Ribeirão -mais tradicional polo sucroalcooleiro no país- fez o litro do combustível já chegar a R$ 1,899 em Araraquara.

O preço do etanol na cidade é, em média, de R$ 1,799 o litro, ante R$ 1,599 de antes do último reajuste, mas em ao menos um posto o produto já é vendido por R$ 1,899. Esse valor supera o preço encontrado em Ribeirão, onde o álcool é vendido, em média, a R$ 1,799 desde a semana passada, quando houve alta de 12,5%.

O aumento do preço reflete mais uma alta registrada nas usinas. Na última quarta, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, o preço nas usinas subiu mais 6,47% e atingiu R$ 1,0906.

O valor é o mais alto desde abril de 2006, quando o litro do álcool nas usinas custava R$ 1,1216. Na ocasião, o álcool chegou a ser vendido a R$ 1,899 nos postos da região, valor já atingido agora em Araraquara.

A diferença é que o aumento de 2006 foi registrado quando as usinas já estavam entrando em uma nova safra. Agora, a alta ocorre quando muitas usinas sequer pararam a moagem no final da safra.

O preço do álcool neste final de ano já é 50,04% maior do que o cobrado no início de 2009, mas quem pensa que a escalada de reajustes parou deve se preparar para novos aumentos nos próximos dias.

De acordo com o presidente regional do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), Oswaldo Manaia, o álcool que chegou aos postos ontem já está mais caro.

Segundo ele, o preço de custo praticado pelas distribuidoras passou de R$ 1,39, na semana passada, para R$ 1,43. Manaia afirmou que não pretende aumentar de imediato o preço, porque a venda do combust! ível está em queda. Mas, de acordo com o dirigente do sindicato dos postos de combustíveis, cabe aos donos de posto decidir o que fazer após a nova alta.

O presidente estadual do Sincopetro, José Alberto Paiva Gouveia, disse que há postos que já têm registrado queda na venda de álcool por causa da alta. “Dependendo do preço, o consumidor está fazendo as contas e optando pela gasolina”, disse. A opção é facilitada por causa dos veículos flex.