Mercado

Etanol e açúcar continuarão em alta

Os preços do etanol e do açúcar continuarão em alta nos próximos anos por causa da elevada demanda mundial e da queda da produção em diversos países. Mas os empresários brasileiros devem continuar com a política de diversificação de atividades para garantir outra fonte de renda, agregar valor à produção e diminuir o risco do empreendimento.

Além dos dois tradicionais produtos extraídos da cana (etanol e açúcar), as usinas podem partir também para a geração de bioeletricidade, crédito de carbono e produções de leveduras, aditivos e bioplástico.

A orientação é do administrador de empresas Vinícius Trombin, ao falar ontem, em Goiânia, sobre o mapeamento e quantificação do setor sucroenergético durante o seminário Etanol e a Matriz Energética Brasileir! a, promovido pela Assembleia Legislativa e pelo Sindicato do Açúcar e Álcool do Estado (Sifaeg). O evento foi realizado no auditório Costa Lima da Assembleia.

Durante o encontro foram apresentados trabalhos realizados por estudiosos de diversas universidades e centros de pesquisas mostrando a importância econômica da cadeia sucroenergética do Brasil.

Em 2008, segundo Trombin, a cadeia sucroenergética brasileira movimentou mais de US$ 86 bilhões, desde a compra do insumos para o plantio da cana até a venda do combustível nos postos e do açúcar nas gôndolas dos supermercados. Apenas as 410 usinas brasileiras, a maioria localizada no Centro-Sul do Brasil, geraram 2% do Produto Interno Bruto (PIB), ou seja US$ 28 bilhões.

Ao falar sobre os benefícios sociais dos diferentes combustíveis no Brasil, o economista Luiz Gustavo Antônio de Souza, afirmou que o setor sucroenergético gera 14 vezes mais empregos do que o de extração e refino de petróleo. As usinas geram ! 1,2 milhão de empregos contra 90 mil do setor petroleiro.

Luiz Gustavo concluiu que, se aumentar em 15% o consumo de etanol no Brasil em detrimento da gasolina, seria possível gerar mais 117,7 mil empregos diretos e outros R$ 235,9 milhões seriam movimentados na economia brasileira por ano. “Isso mostra a importância do setor sucroenergético para a nossa economia”, destaca o economista Luiz Gustavo.