A antecipação do fim da queima da palha de cana-de-açúcar permitiu que 550 mil toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO2e) deixassem de ser emitidos este ano. A redução foi possibilitada pela adesão de 85% das usinas paulistas ao Protocolo Agroambiental, do programa Etanol Verde, um dos 21 Projetos Ambientais Estratégicos da Secretaria do Meio Ambiente.
e) deixassem de ser emitidos este ano. A redução foi possibilitada pela adesão de 85% das usinas paulistas ao Protocolo Agroambiental, do programa Etanol Verde, um dos 21 Projetos Ambientais Estratégicos da Secretaria do Meio Ambiente.
A cada hectare de cana-de- açúcar que deixe de ser queimada e passe a ser colhida com máquinas, evita-se a emissão de 622 quilos de CO2e. “São Paulo tem a oportunidade de depender menos da energia das hidroelétricas com o aproveitamento da palha para geração de bioenergia”, diz o presidente da União da Indústria! de Cana-de-açúcar (Unica), Marcos Jank.
e. “São Paulo tem a oportunidade de depender menos da energia das hidroelétricas com o aproveitamento da palha para geração de bioenergia”, diz o presidente da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Marcos Jank.
O setor prevê que até 2017 mais de 32 mil hectares de matas ciliares serão recuperados, e 50 milhões de mudas, plantadas.
O secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, João Sampaio, afirma que o protocolo marca um novo relacionamento entre o setor produtivo e o governo.
“Esse protocolo deixou de ser só da agenda ambiental, e passou a ser da agenda de produção”, conta. Dados divulgados pela Secretaria, mostram que 2 milhões de toneladas de CO2 foram mitigadas em 2009 pela co-geração de bioenergia a partir do bagaço da cana.
foram mitigadas em 2009 pela co-geração de bioenergia a partir do bagaço da cana.
Energias renováveis
A Secretaria de Saneamento e Energia, por! meio da Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), deve concluir no início de 2010 um estudo sobre o tratamento térmico de resíduos sólidos, que deve ser alternativa para a insuficiência de área para novos aterros sanitários e para a geração de energias renováveis.
Segundo Sergio Frate, coordenador do grupo que estuda a questão na Emae, a incineração dos resíduos sólidos pode gerar uma redução de 90% do volume de lixo.
“A região metropolitana de São Paulo destina, por dia, 18 mil toneladas de resíduos sólidos para aterros sanitários. O problema, se não chegou a um colapso, mais cedo ou mais tarde vai chegar”, ponderou Frate durante o III Encontro de Meio Ambiente de São Paulo (Eco-SP), realizado pelo Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (SEESP) em parceria com a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), na semana passada.
Sérgio Frate ressaltou a necessidade de que haja um incentivo público que venha a viabilizar a criação de unidades de tratam! ento térmico de lixo, como a desoneração de impostos nas unidades de tratamento e a redução do preço da energia em relação a energias de outros tipos de fonte.
Frate conta que a incineração contribui para a redução da emissão de gases do efeito estufa. “O gás liberado com a decomposição do lixo, o metano, emite 21 vezes mais gases do efeito estufa que o gás carbônico liberado durante a queima. Além disso, os filtros naturais dos incineradores modernos têm capacidade de abater a emissão”, completa.
O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP), em sua participação no III Eco São Paulo, enfatizou a importância da redução da emissão de gases do efeito estufa. “O Brasil tem vantagem em relação a outros países, porque metade da energia que produz é renovável, portanto o que importa para o Brasil é a diminuição das emissões de gases, e a emissão brasileira é basicamente de desmatamento”, sublinhou Teixeira.