Mercado

Problemas com o diesel também chamam atenção

A Secretaria da Fazenda (Sefaz) agora vai estender sua megaoperação para fora da Região Metropolitana do Recife (RMR). E, ao contrário de uma tradicional concentração de problemas na qualidade do álcool, no Estado, dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) demonstram que agora é o diesel o problema pernambucano. De acordo com os últimos dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), relativos ao mês de setembro, o diesel vendido na Mata Norte, onde ficam municípios como Goiana, Escada e Carpina, foi o campeão em problemas de qualidade, com amostras fora do padrão equivalentes a 9,1% de tudo o que foi coletado naquela área.

Em 2005, Pernambuco chegou a ostentar 13,5% de álcool com problemas de qualidade. Naquele ano, o percentual do diesel era de 6,4% e o da gasolina, 4,1%. Nos anos seguintes, o diesel foi o que teve a principal melhora nos padrões de qualidade, até o trimestre passado (de julho a setembro): fechou o período com 3,2% de amostras problemáticas, contra 2,4% da gasolina e 1,8% do álcool.

Isso não quer dizer, no entanto, que em todas as microrregiões pernambucanas o diesel lidera os problemas. Em segundo lugar, no trimestre até setembro, 7,1% do etanol comercializado na zona de influência de Arcoverde, Sertânia e Serra Talhada tinham problemas. E, na área norte da RMR, em Olinda, Paulista e Igarassu e entorno, o percentual da gasolina com padrão baixo de qualidade chegou a 6,4%.

“Agora mesmo (durante a entrevista concedida na tarde de ontem) começamos a operação fora da região metropolitana. Se fizemos uma operação em que quase 60% dos postos fiscalizados apresentaram problemas, é um sinal de que temos que intensificar ainda mais as ações no setor”, diz o gerente de Postos Fiscais da Fazenda, Anderson Freire.

Embora historicamente não lidere a lista, o percentual de combustíveis com problemas de qualidade em Pernambuco ficou acima d! a média nacional, até setembro. No caso da gasolina, enquanto a média brasileira foi de 1,3% de amostras com problemas, o Estado pareceu no ranking com 2,4%. Pernambuco ficou em sétimo nessa listagem. Quando o assunto é álcool e diesel, os números de Pernambuco têm uma distância menor do que o resto do Brasil: na mesma ordem, os percentuais são de 1,8% (contra 1,6% na média nacional) e de 3,2% (contra 3,0% no apurado geral dos Estados brasileiros).