A Usina Jacarezinho, produtora de açúcar, etanol, levedura e bioenergia a partir da cana-de-açúcar do Grupo Maringá, localizada no norte do Paraná, encerrou a Safra 2024/25 com uma moagem de 2,14 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, volume 16% abaixo da safra anterior.
Por outro lado, a Jacarezinho, a partir de investimentos feitos na entressafra no aumento da capacidade de cristalização, a Jacarezinho atingiu um mix de 66% de açúcar ou 182 mil toneladas, sendo (59% de bruto e 41% de branco), aproveitamento a melhor remuneração do produto.
O restante, 44 %, foi destinado ao etanol, ou 61.500 Mil M3, sendo (40% anidro e 60% hidratado). Em relação à produtividade, o TCH (Toneladas Colhidas por Hectare) foi de 76, sendo o TAH (Toneladas de Açúcares Totais Recuperáveis por Hectare) de 10,2, indicadores abaixo do histórico recente da Usina.
Leveduras e energia produzidas pela Usina Jacarezinho
Foram produzidas 2,2 mil toneladas de leveduras dos tipos inativa, autolisada e parede celular, oriundas da fermentação do etanol que podem ser utilizadas na produção de rações para animais.
Já a produção de energia elétrica limpa e renovável pela Maringá Energia, unidade de cogeração que utiliza o bagaço da cana-de-açúcar resultante do processo produtivo na Usina Jacarezinho, alcançou 86.409 MWh até novembro de 2024 e chegará a 90.129 MWh em março de 2025, fim da Safra.
Um outro destaque importante da safra foi, a despeito da questão climática, o recorde de plantio, seja na área própria, com 4000 há e 3800 ha na área de produtores integrados, parte do projeto de ganho de produtividade, conjugado com a expansão da área, que visa atingir 3,0 milhões de toneladas de moagem na Safra 27/28.
Expectativas para a próxima Safra
Além do crescimento importante para a próximo ciclo produtivo, impulsionado pela citada expansão de áreas de cultivo e por práticas de manejo adequadas, a Jacarezinho se dedicou em outras frentes.
Uma delas é a biofábrica de insumos biológicos, que produz diversos microrganismos benéficos a cana de açúcar, entre eles, promotores de maior resiliência das plantas ao estresse abiótico (seca), e o uso de adubos orgânicos (cama aviária, torta de filtro e vinhaça localizada), que têm contribuído para a melhoria da qualidade do solo.
“Estamos focados em práticas inovadoras e sustentáveis, como o controle total do tráfego de equipamentos na lavoura, o preparo profundo e correção adequada do solo, a expansão da vinhaça localizada, melhorias na nutrição e a colheita em ambientes desfavoráveis no primeiro terço da safra, a fim de mitigar os impactos das adversidades climáticas e garantir maior resiliência dos canaviais”, explica o diretor de Operações Sucroenergéticas da Usina Jacarezinho, Ricardo Zanata.
Previsões da Usina Jacarezinho para a 2025/26
Para a Safra 25/26, a Usina projeta a moagem de 2,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, sendo 65 % açúcar e 35% etanol, e 2,8 mil toneladas de leveduras.
A projeção de geração de energia renovável é de 105.408 MWh até novembro de 2025 e 110.616 MWh até março de 2026. A produtividade, por sua vez, ficará em 82,42 de TCH e 11,1 de TAH.
Novos investimentos e tecnologias
Além de elevar a fertilidade do solo e qualidade da produção, a Usina Jacarezinho continua a investir em tecnologia e infraestrutura para maximizar sua eficiência. Outras novidades incluem o início da operação de novas colhedoras, aumentando nossa capacidade de colheita e de uma fábrica de fertilizantes líquidos, que possibilitará formulações específicas para cada área de cultivo.
“Continuamos uma forte trajetória de investimentos em tecnologia para otimizar nossa eficiência produtiva. Além de melhorar nossa entrega de resultados, tornando-os mais consistentes, essas inovações também reforçam nosso compromisso com a sustentabilidade das operações da Usina”, ressalta o CFO do Grupo Maringá, Eduardo Lambiasi.