O Brasil possui cerca de 350 usinas que têm como principais produtos o açúcar e o etanol, bem como uma grande captação de água e emissões de gases de efeito estufa. Vencedora do Prêmio Eco na categoria sustentabilidade em produtos, a Dedini Indústria de Base inovou, colocando em seu cardápio seis bioprodutos – bioaçúcar, bioetanol, bioeletricidade, biodiesel, biofertilizantes e bioágua.
O aperfeiçoamento da Usina Sustentável Dedini (USD) resultou em ganhos sociais, econômicos e ambientais. “Otimizando todo o ciclo de produção, tem-se receita extra, o que possibilita um retorno do investimento em três ou quatro anos”, afirma Sérgio Leme, presidente-executivo da Dedini.
Além da menor emissão de CO2, o ponto mais importante da USD está calcado na autossuficiência em águ! a. Para processar a cana é preciso utilizar mais água, com grande perda na evaporação. A empresa desenvolveu equipamento para dispensar a captação em mananciais e produzir de 350 a 400 litros de água potável para cada tonelada de cana processada – daí o termo bioágua.
Parte da evolução da USD está na geração de eletricidade pela queima de bagaço e de palha. Se todas as usinas do país gerassem bioeletricidade, teríamos mais uma Itaipu e meia. “Um pé de cana é igual a um pé de energia, gerada de três fontes, caldo, bagaço e palha, que antes ficava no campo e era queimada”, afirma Leme. (L.N.)