As usinas de cana-de-açúcar das regiões Norte e Nordeste moeram 27 milhões de toneladas no acumulado da safra 2024-2025 até o final da segunda quinzena de outubro.
Houve, portanto, um aumento de 2,6% em comparação ao mesmo período da temporada passada.
A saber: a safra no Norte e Nordeste começa em meados de agosto e segue até março próximo.
Leia mais sobre o Norte e Nordeste aqui.
Confira também:
35 usinas em operação
Dados da Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio), entidade que reúne 35 usinas de processamento de cana em 11 estados brasileiros, também mostram que a produção de etanol hidratado e açúcar segue em alta.
Notícias Relacionadas
Agricultura
Como fica o processo de regulamentação dos bioinsumos após a aprovação de projeto pela Câmara
Uso de bioinsumos em substituição a agroquímicos pode gerar economia de até US$ 5,1 bilhões anuais
Mercado
Saiba como vai a safra da Zilor em 5 destaques
Balanço traz dados do primeiro semestre do ciclo 24/25
Segundo o presidente-executivo da NovaBio, Renato Cunha, as unidades produtoras do Norte e Nordeste fabricaram 1,43 milhão de toneladas de açúcar até o dia 31 de outubro.
“Trata-se de um volume 22,2% superior em comparação com as 1,17 milhão de toneladas registradas em igual período do ciclo agrícola anterior”, explica o executivo.
Já em relação ao etanol hidratado, disponível nas bombas para abastecer veículos flex, Cunha destaca o crescimento de 34,4% na produção, que atingiu 734,5 milhões de litros. Ao final de outubro de 2023 foram produzidos 546,5 milhões de litros.
No caso do biocombustível anidro, aquele misturado à gasolina, houve queda de produção atingindo 437,4 milhões de litros contra 625,5 milhões de litros no ciclo 2023-2024.
Níveis de mistura poderiam estar em até 35%
O executivo da NovaBio comenta que a demanda mais difusa do hidratado tem sido bem superior àquela do anidro para a mistura, que ainda está em níveis de 27% quando já poderia estar entre 27% e 35 %, ou no mínimo 30%, percentual de adição que já vem sendo testado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) e outros órgãos.
A expectativa do setor é de que o ano-safra 2024-2025 seja concluído com a fabricação de aproximadamente 1,22 bilhão de litros de hidratado e 1,06 bilhão de litros de anidro.
“Com isso, espera-se uma elevação de até 2,6% na produção total de etanol, o que acrescentaria mais de 2,28 bilhões de litros, com crescimentos de 5,6% para o hidratado e números similares à safra passada para o anidro”, ressalta Cunha, que também preside o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar-PE).
Até 31 de outubro, as usinas do Norte e Nordeste produziram 1,17 bilhão de litros de etanol, o mesmo volume verificado na safra passada.
O estoque físico de etanol, considerando o anidro e o hidratado, atingiu 431,8 milhões de litros, quantidade 12,93% superior aos 382,4 milhões de litros armazenados na segunda quinzena de outubro da temporada 2023-2024.
