Melhorar a eficiência do processo de produção de etanol em mais de 5%, aumentar os lucros do setor em US$ 1,6 bilhão e ainda reduzir as emissões de CO2 em 2 milhões de toneladas anualmente.
Isso é possível?
Sim, isso é possível como mostra mapeamento de microorganismos que atuam na produção do etanol.
Pesquisadores da USP e da Universidade Técnica da Dinamarca (DTU) mapearam os microrganismos presentes na produção de bioetanol de cana-de-açúcar, destaca texto de Júlia Moióli na Agência Fapesp.
O que foi identificado
O estudo identificou cepas bacterianas que podem melhorar o rendimento do combustível e,também, bactérias prejudiciais ao processo.
Essas cepas fornecem dados para aumentar a eficiência, os lucros e reduzir as emissões de CO2.
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Análises em três períodos
Os pesquisadores analisaram as usinas em três períodos do ano e utilizaram sequenciamento metagenômico para mapear a diversidade microbiológica.
Os resultados indicam que a dinâmica das cepas bacterianas é determinante para a produção de etanol, com algumas cepas prejudiciais aparecendo ao longo da safra.
Sugestão de alternativas
Além disso, o estudo sugere alternativas ao uso generalizado de antibióticos nas usinas, propondo o uso de estratégias mais direcionadas para controlar as bactérias prejudiciais e potencializar as benéficas.
Ganho de eficiência em até 5%
A pesquisa pode resultar em um aumento de até 5% na eficiência da produção, gerando US$ 1,6 bilhão em lucros anuais e reduzindo as emissões de CO2 em 2 milhões de toneladas.
O estudo foi publicado na Nature Communications (www.nature.com/articles/s41467-024-49683-2).