Etanol de milho não afeta preços dos alimentos

Estudo contesta a ideia de que o biocombustível ameaçaria a segurança alimentar

Imagem ilustra conteúdo sobre uso do milho para produzir etanol nos EUA
(Divulgação: Czar)

Um estudo do Professor Marcelo Justus da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), em conjunto com outros pesquisadores, concluiu que a expansão da indústria de etanol de milho no Brasil não impactou os preços do grão nem os custos dos alimentos.

Dados

O estudo, que analisou dados de 2005 a 2023, refuta a ideia de que o etanol de milho ameaçaria a segurança alimentar.

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“Safrinha brasileira”

Os pesquisadores observaram que a “safrinha” brasileira, uma segunda safra de milho, desempenha um papel importante.

Essa prática permite ao Brasil aumentar a produção de milho sem afetar o preço, mostrando que o país pode produzir energia a partir de biocombustíveis sem comprometer a oferta alimentar.

Alinhamento

Outra conclusão do estudo é que os preços do milho no Brasil estão alinhados com o mercado internacional. Isso sugere que fatores externos influenciam os preços internos, desmistificando a ideia de que os biocombustíveis são uma causa direta do aumento nos custos dos alimentos.

O estudo oferece uma nova visão sobre a relação entre a produção de etanol e a segurança alimentar no Brasil.

Com o interesse crescente em energias renováveis, essa pesquisa é relevante para formuladores de políticas, agricultores e consumidores, demonstrando que é possível manter a segurança alimentar enquanto se investe em energia sustentável.