Os acordos firmados em Kyoto para reduzir a emissão de poluentes, a expansão do mercado dos veículos bicombustíveis e a economia proporcionada com a adição de álcool à gasolina situa o Brasil como potencial exportador de álcool para EUA, Japão e Suécia. O Brasil está entre os maiores produtores mundiais de cana-de-açúcar e é o maior produtor e consumidor de álcool.
“O Brasil pode ultrapassar 2 bilhões de m3 exportados ainda em 2004”, diz Carlos Boiseaux, diretor da divisão Oil, Gas & Chemicals Services e vice-presidente da SGS do Brasil, que responde pelas certificações de mais de 90% do álcool exportado e por 65% de todos os combustíveis movimentados. Só no porto de Santos, onde a SGS mantém um laboratório de referência mundial, até agosto deste ano, foram analisados 905 mil m3 de álcool, contra 346 mil m3 em todo o ano de 2003.
Apostando no mercado promissor e no aumento da procura, a SGS investiu na instalação de dois laboratórios em Maceió/AL e Cabedelo/PB. “Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte oferecem álcool de qualidade superior ao mercado internacional. A perspectiva é alcançar 250 mil m3 de um álcool diferenciado (extra neutro potável) nas exportações da safra 2004/2005”, avalia Boiseaux.