O Brasil se destaca como um dos países com menor emissão per capita de gases de efeito estufa (GEEs) na produção e no uso de energia, especialmente devido à sua matriz energética diversificada e à ampla participação de fontes renováveis, como o etanol.
Essa informação faz parte do Caderno de Meio Ambiente e Energia do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2034, divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) no último dia 21 de outubro.
Em 2022, as emissões relacionadas à produção e uso de energia corresponderam a apenas 24% das emissões totais do país, um reflexo do uso crescente de biocombustíveis.
O etanol, proveniente da cana-de-açúcar, contribui para a redução das emissões no setor de transportes.
As projeções indicam que, mesmo com o crescimento das emissões devido ao avanço socioeconômico do Brasil até 2034, a média per capita deverá se manter em apenas 2,4 tCO2eq/habitante.
O resultado contrasta com 5,4 tCO2eq/habitante na Europa e 13,8 tCO2eq/habitante nos Estados Unidos.
O PDE 2034 ressalta a importância da transição energética justa e inclusiva, abordando os desafios das mudanças climáticas.
Os setores de transportes e indústria continuarão a ser os principais responsáveis pelas emissões, representando 68% do total até 2034.
Contudo, espera-se uma leve variação nas emissões do setor de transportes, com um aumento de apenas 12% entre 2024 e 2034,.
Ids6graças a políticas públicas que incentivam a substituição de combustíveis fósseis por renováveis, como o etanol, biodiesel e combustíveis sustentáveis de aviação (SAF).
Além disso, o estudo identifica oportunidades estratégicas que podem alavancar ainda mais a sustentabilidade energética do Brasil, como o aproveitamento de resíduos para geração de energia e a implementação de práticas sustentáveis em projetos energéticos.
Manter a alta participação de fontes renováveis, aliada a inovações tecnológicas, é a principal estratégia para mitigar as emissões.