O presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais, defendeu o uso responsável de defensivos agrícolas no Brasil, prática que está relacionada à alta produtividade do país.
“O Brasil tem duas ou três safras/ano, enquanto que nos outros países, a exemplo dos Estados Unidos, União Europeia, Rússia, China, Índia entre outros, só têm uma”, argumenta.
Uso adequado de defensivos
Segundo ele, a grande quantidade de alimentos produzidos no Brasil, que alimenta tanto a população interna quanto exporta para o mundo, só é possível graças ao uso adequado de defensivos.
“Não há uso desnecessário de defensivos na agricultura técnica e de precisão”, disse.
Visão ideológica: Morais criticou a visão ideológica que, segundo ele, se instaurou em torno do tema.
Garantia: afirma que a agricultura de larga escala depende dos defensivos para garantir a produção e a segurança alimentar.
Alternativas: ele ressaltou que a busca por alternativas como os insumos biológicos é importante, mas ainda não é suficiente para atender às demandas da agricultura brasileira.
Burocracia
O dirigente da Asplan apontou a burocracia na aprovação de novos produtos como um dos principais desafios enfrentados pelo setor.
Segundo ele, a demora na análise de novas moléculas por órgãos como o IBAMA e a ANVISA impede que os produtores brasileiros tenham acesso a tecnologias mais modernas e eficientes.
“A Europa, por exemplo, já aprovou produtos novos que são mais eficazes e o Brasil não consegue aprovar por que o IBAMA e a ANVISA resistem à aprovação de novas moléculas e fórmulas”, afirmou Morais.
Referência mundial
O presidente da Asplan destacou ainda que o Brasil é referência mundial no manejo de embalagens vazias de agrotóxicos, demonstrando o compromisso do setor com a sustentabilidade.
No entanto, ele ressaltou que a segurança alimentar depende de uma agricultura profissional e que o uso de defensivos é uma ferramenta essencial para garantir a produtividade e a qualidade dos alimentos.