A utilização da Inteligência Artificial (IA) como vantagem competitiva nas operações agrícolas, o controle de pragas e doenças, além das novas variedades transgênicas, foram temas debatidos na Arena de Sustentabilidade da Fenasucro & Agrocana, na manhã desta quarta-feira (14).
Em evento organizado pela STAB, Marcelo Pierossi, engenheiro agrícola, destacou como a adoção dessa tecnologia auxilia o setor em diferentes frentes, incluindo coleta de dados para maior previsibilidade de manutenção de maquinário, por exemplo, automatização de tarefas pontuais, experiência do cliente e capacitação de equipe, entre outros.
“Esses elementos, em conjunto, servem como uma base para a tomada de decisões mais estratégicas na gestão, o que, por sua vez, contribui para a eficiência dos processos. Lembrando que o objetivo da IA não é substituir as pessoas e, sim, maximizar seus potenciais”, enfatizou.
Pierossi destacou o impacto da sobrecarga de informações na produtividade: “Perdemos cerca de 20% do nosso tempo produtivo buscando informações que já possuímos”, afirmou. Ele ressaltou que essa inundação de dados pode resultar em operações deficientes em insights, além de comprometer a segurança das informações.
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Márcia Justino Rossini Mutton, da Unesp de Jaboticabal, explanou sobre a “Tecnologia BT: Potencializando a Eficiência Agroindustrial”. A professora explicou que, além dos métodos químicos e biológicos tradicionais, o controle cultural agora se beneficia das variedades transgênicas. “Uma variedade transgênica é desenvolvida através de técnicas moleculares que permitem à planta reagir de maneira diferente ao ataque de pragas, assegurando uma matéria-prima de qualidade superior”, detalhou.
Na sequência, Luís Gustavo de Almeida Nunes, gerente de Processos Agrícolas na Usina Alta Mogiana, contribuiu com uma apresentação sobre as estratégias para o controle do Sphenophorus Levis, uma das principais pragas da cana-de-açúcar. Nunes destacou práticas bem-sucedidas no controle, como a destruição mecânica da soqueira durante a instalação da cantosi e fazer a rotação de cultura com soja em aproximadamente 60% da área de reforma.
O último painel foi conduzido por Antônio de Góes, coordenador de Fitopatologia do CEPENFITO, que falou sobre a síndrome do murchamento da cana-de-Açúcar, que vem sendo observada nos canaviais e que tem preocupado os produtores. Góes, identificou fatores-chave que contribuem para o problema, como a presença da cigarrinha-das-raízes, murcha de Fusarium, murcha de Colletotrichum e podridões da casca e azeda.
