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Cana-de-Açúcar: o ouro da transição energética

Confira o editorial da edição 352 do JornalCana

Cana-de-Açúcar: o ouro da transição energética

O espírito olímpico tomou conta do setor bioenergético. O açúcar brasileiro bate recordes de exportação, o etanol avança posições, a premiação MasterCana celebra uma edição histórica, e a Fenasucro & Agrocana ingressa na sua trigésima edição com expectativas de superar todos os indicadores das edições anteriores.

A feira, que chega aos seus trinta anos, destaca-se por expor, debater e praticar sustentabilidade, neutralizando CO2 em suas áreas comuns. Essa iniciativa inédita resulta de uma parceria com a Canaoeste, que lançou durante o evento seu programa de descarbonização, o CanaoesteGREEN. A Fenasucro & Agrocana comprova que energia limpa, renovável e sustentável faz parte do DNA da feira.

A cerimônia de entrega do Prêmio MasterCana Centro-Sul 2024 aconteceu na noite de 12 de agosto, no Espaço Golf, em Ribeirão Preto – SP. Foi uma noite repleta de emoção, networking e celebração. “Nunca antes na história do MasterCana reunimos nomes tão importantes. Com certeza, é o maior encontro dos mais influentes da história do setor”, observou o jornalista Josias Messias, diretor da ProCana Brasil, organizadora do evento.

Reportagem nesta edição aponta ainda que as exportações brasileiras de açúcar e outros melaços alcançaram um volume expressivo em julho de 2024, atingindo 3.182.816 toneladas, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). A receita gerada com essas exportações totalizou US$ 1,463 bilhão, com um preço médio de US$ 459,80 por tonelada.

A receita diária média obtida com as exportações de açúcar em julho de 2024 foi de US$ 73,175 milhões, considerando 20 dias úteis no mês. Esse valor representa um aumento de 3,1% em relação à média diária de julho de 2023, que foi de US$ 70,978 milhões. A edição mostra também que o etanol também vem avançando posições.

Nesta edição, apresentamos uma entrevista exclusiva com Marcos Buckeridge, diretor do programa BECCS do Centro de Pesquisa e Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) da USP. BECCS (Captura e Armazenamento de Carbono de Bioenergia, na tradução literal) é a operação de capturar carbono (CO2) da atmosfera e armazená-lo em reservas geológicas.

“A BECCS desempenha um papel importante na descarbonização de setores como a indústria pesada, a aviação e o transporte rodoviário no Cenário de Zero Emissões Líquidas até 2050”, destaca a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). Buckeridge discorre sobre as oportunidades dessa tecnologia no setor sucroenergético.

Os impactos da transformação digital numa das gigantes do setor, a BP Bunge Bioenergia, também são destaque nesta edição. A empresa avança cada vez mais no processo de transformação digital de suas unidades, tornando-se uma referência em gestão industrial inteligente no setor bioenergético. A Otimização em Tempo Real (RTO) nas unidades do grupo enfatiza a necessidade da segurança e excelência operacional, mostrando como essa tecnologia pode revolucionar a produtividade e a sustentabilidade agroindustrial.

Nossa matéria de capa traz o lançamento de uma nova linha de centrífugas de açúcar, promovido pela Solisteel, empresa que se consolida no mercado investindo no conceito de segurança. A marca conquistou neste ano o Prêmio Parceiro RAÍZ no Pilar R da Raízen, destacando sua excelência no cumprimento rigoroso dos quesitos do Guia de Saúde, Segurança e Meio Ambiente (SSMA).

Com tantos avanços e inovações, a cana-de-açúcar continua a se destacar como um elemento crucial na transição energética. Nos Jogos Olímpicos da descarbonização, a cana-de-açúcar prova ser mais do que prata e bronze, consolidando-se como o verdadeiro ouro da energia limpa e sustentável.

Boa leitura!

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