Congresso Brasileiro do Agronegócio

Brasil larga na frente na biocompetitividade

Consultoria McKinsey & Company destaca vantagens do agronegócio brasileiro

Brasil larga na frente na biocompetitividade

“O Brasil possui uma vantagem inigualável para consolidar sua biocompetitividade, fornecendo alimentos, energias renováveis, fibras e outras matérias-primas de alto valor agregado, que integram inovação tecnológica, produtividade e eficiência ambiental.” Esta avaliação foi apresentada pela consultoria McKinsey & Company durante o 23º Congresso Brasileiro do Agronegócio.

O evento, promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) em parceria com a B3 – a bolsa do Brasil, ocorre nesta segunda-feira (5), em São Paulo-SP. A consultoria estima que o agronegócio brasileiro possui o maior potencial global para atender à demanda por terras até 2030, graças ao uso de tecnologias para a recuperação de áreas degradada.

De acordo com as previsões, o mundo precisará de aproximadamente 70 a 80 milhões de hectares nos próximos seis anos, número que pode aumentar para mais de 100 milhões de hectares devido aos impactos das mudanças climáticas.

“Esse montante equivale quase ao que o Brasil tem hoje de terra plantada. Historicamente, isso já foi feito no passado, por meio da supressão vegetal. Hoje, a realidade é outra: precisamos reflorestar, e para suprir essa necessidade, existem outras alavancas”, afirmou Nelson Ferreira, sócio-sênior e líder global de Agricultura da McKinsey & Company.

Uma pesquisa realizada pela consultoria com produtores agrícolas de todo o mundo revelou que o agronegócio brasileiro está na vanguarda na adoção de produtos de biocontrole e bioestimulantes, bem como em práticas de agricultura regenerativa. Além disso, o setor tem potencial de crescimento significativo em áreas como agricultura de precisão, automação e sensoriamento remoto.

Ferreira também destacou o potencial brasileiro nas soluções de biomassa, projetando um mercado de cerca de US$ 25 bilhões até 2030 e US$ 61 bilhões até 2040. Segundo ele, é essencial discutir o papel do Brasil nessas tecnologias, pois o agronegócio pode agregar valor não apenas na produção de alimentos, mas também no desenvolvimento de novos produtos, como biorrefinarias, sempre de forma integrada e sustentável.

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