Agronegócio

Plano Safra, com recursos insuficientes e juros altos, desconsidera os impactos climáticos sobre canaviais

A afirmação é da Feplana que ressalta que as taxas de juros praticadas, algumas delas acima da Selic, embora o governo falou o contrário, afetará o agricultor

Plano Safra, com recursos insuficientes e juros altos, desconsidera os impactos climáticos sobre canaviais

O presidente Lula lançou o Plano Safra na quarta-feira (3). Disse ser o maior da história. A Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) participou do anúncio, no Palácio do Planalto. No entanto, a entidade que representa os canavieiros no país contesta e detalhe a informação.

Em termos de recursos para a agricultura empresarial, garante que o plano está 9,7% menor em comparação ao anterior, que já não foi o suficiente. As taxas de juros praticadas, algumas delas acima da Selic, embora o governo falou o contrário, afetará o agricultor.

O setor canavieiro, realça a Feplana, terá desafios, sobretudo com a seca trazida pelas mudanças climáticas nesta safra, não levadas em conta com o novo plano, o que afetará a produção e produtividade no campo, impactando na remuneração do agricultor e nas condições para pagar o financiamento, ainda mais com essas altas taxas de juros postas pelo governo.

“Para custeio e comercialização, por exemplo, a taxa será de 8% ao ano para os produtores enquadrados no Pronamp (micro e pequenos produtores) e de 12% para os demais. Já para investimentos, as taxas de juros variam de 7% e 11,5%. Portanto, todas acima da taxa básica de mercado de risco para os produtores não se endividaram”, aponta Paulo Leal. presidente da Federação dos Canavieiros do Brasil.