O Grupo de Estudos em Manejo Regenerativo & Biológico em Cana de Açúcar (GBIO), cujo lançamento oficial se deu na edição 2024 do CANABIO, realizado nos dias 19 e 20 de junho, no Centro de Cana IAC, em Ribeirão Preto, SP, já se prepara para promover um encontro na próxima Fenasucro & Agrocana. A feira mundial da bioenergia, estará completando 30 anos, e será realizada entre os dias 13 e 16 de agosto na cidade de Sertãozinho-SP.
Em agosto do ano passado, ainda em fase embrionária, o GBIO promoveu sua primeira participação na Feira, para defender a bandeira da cana regenerativa.
Organizado pela ProCana Brasil, o GBIO reúne organizações e pessoas atuantes na produção e desenvolvimento de cana-de-açúcar, tais como usinas, produtores agrícolas, pesquisadores e profissionais da área, em duas modalidades de associação: coletiva, para Pessoas Jurídicas; e Individual, para Pessoas Físicas.
Entre os objetivos dos encontros estão a promoção de permuta de informações e experiências em todos os assuntos relacionados a Manejo Regenerativo & Biológico, buscando permanente atualização e desenvolvimento de seus participantes. Além de promover a mútua assessoria no estudo de desafios técnicos, legais e operacionais relacionados à área.
Durante o 11º CANABIO, além da oficialização foi realizada apresentação do time de conselheiros do GBIO que será composto por Carlos Crusciol, Professor Titular, Faculdade de Ciências Agronômicas, FCA/UNESP, Botucatu – SP; Everton Carpanezi, COO da Tereos; Joel Soares, Diretor de Operações na Jalles; Mário Dias da Costa Filho, Gerente Sr de Desenvolvimento Agronômico – Corporativo na BP Bunge Bioenergia; Paulo Eduardo Garcia Júnior, Engenheiro agrônomo e produtor na Agropecuária 3G; Rosa Muchovej, Cientista de solos na United States Sugar Corporation (U.S.Sugar); Willymberg Barreto, Gerente de Irrigação na Usina São José – PE e Josias Messias, Diretor executivo do GBIO.
O conselheiro Mário Dias enfatizou a relevância do lançamento do GBIO. “Esta iniciativa é crucial, pois o manejo regenerativo precisa de apoio. É um bom negócio sob todos os aspectos. O grupo tem como objetivo desmistificar diversos conceitos, acompanhar tendências, fomentar discussões e trazer informações relevantes para o setor”, afirmou.
Willymberg Barreto destacou a necessidade de inovação e adaptação no manejo agrícola. “Não existe uma receita de bolo. Precisamos fazer a diferença e acreditar, mesmo que inicialmente os resultados não sejam satisfatórios. Devemos revisar nossos processos e identificar melhorias. Acreditem, trabalhem duro, e os resultados virão”, disse.
O conselheiro Paulo Eduardo Garcia Junior ressaltou a importância de estar receptivo às novas informações e tecnologias. “Precisamos sempre manter a mente aberta para acessar essa avalanche de informações. Um dos objetivos do GBIO é justamente mostrar todo esse trabalho e todas as inovações”, disse.
De olho no futuro, Dr. José Rossato Jr., professor da Fafram, vê no estímulo ao manejo regenerativo a independência no mercado de fertilizantes. “Vejo que em breve seremos exportadores de ferramentas biológicas para sistemas produtivos na agricultura global. Estamos reduzindo nossa dependência do mercado de fertilizantes”, concluiu.
Para o jornalista e diretor da ProCana, Josias Messias, a agricultura regenerativa marca o restabelecimento da ciência como parâmetro para o desenvolvimento sustentável. “A cana regenerativa é uma volta à ciência, para aqueles que têm coragem para mudar e não querem ser coadjuvantes, mas sim protagonistas da mudança. Ela mexe com os nossos paradigmas e estamos num ambiente onde vai prevalecer quem conseguir entender e perceber melhor a ciência”, afirma Messias.