A Cosan Indústria e Comércio registrou lucro líquido de R$ 337,3 milhões no primeiro trimestre de 2010 (pelo calendário da empresa, é o trimestre encerrado em 30 de junho de 2009), revertendo prejuízo de R$ 58,1 milhões de igual período de 2009 (trimestre encerrado em 31 de julho de 2008). De acordo com a companhia, o lucro do período é recorde trimestral.
O Ebitda (sigla em inglês para lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 311,2 milhões, com alta de 965,7%, e a margem Ebitda passou de 4,6% para 8,7%. A receita líquida disparou 458%, para R$ 3,566 bilhões, e o lucro bruto somou R$ 367,7 milhões, ante R$ 13,6 milhões. O resultado operacional saiu de negativo em R$ 81,3 milhões para positivo em R$ 485,6 milhões.
Aquisições
A Cosan continua analisando oportunidades de compra de usinas no setor sucroalcooleiro, mas no momento os preços de venda apresentados não estão interessantes. A afirmação foi feita pelo diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Marcelo Eduardo Martins, em teleconferência. O executivo disse também que na atual safra 2009/10 os investimentos da empresa deverão ser de R$ 1,4 bilhão, concentrados em cogeração e nos projetos de Jataí e Caarapó, que entram em operação respectivamente em agosto e setembro.
Segundo o vice-presidente da Cosan, Pedro Mizutani, a usina de Jataí irá moer nesta safra 600 mil toneladas de cana, de uma capacidade total de 4 milhões de toneladas e produzirá apenas etanol. A usina de Caarapó irá moer 2,5 milhões de toneladas e produzirá açúcar e etanol. Mizutani disse também que a Cosan irá manter, nesta safra, um mix de produção de 54% de açúcar e 46% de etanol. “A produção de açúcar deverá atingir 4,2 milhões de toneladas, dos quais 80% serão exportados”, disse. Já no caso do etanol, a expectativa é de que as exportações fiquem em torno de 20% do total produzido.
“Embora as exportações de etanol estejam menores do que as registradas na safra passada, estão superiores ao previsto inicialmente”, explica Martins. Segundo ele, o preço mais remunerador para o etanol no mercado externo levou a um volume um pouco maior de vendas externas do que o previsto inicialmente.