Mercado

WSJ também faz crítica a taxação

Depois do Washington Post, foi a fez do Wall Street Journal (WSJ) publicar em sua página de editoriais, nessa quinta-feira, uma crítica ao imposto de importação aplicado ao etanol que entra nos Estados Unidos. De acordo com o editorial do jornal, a tarifa de importação “impede que o etanol de cana-de-açúcar produzido no Brasil e no Caribe concorra com o etanol menos eficiente feito a partir de milho nos Estados Unidos”.

O jornal também critica os caminhos utilizados por Washington para “fazer política”, referindo-se à troca que a administração Obama teve que fazer para conseguir a nomeação de novo embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon, ao dar para o senador republicano Chuck Grassley uma confirmação de que o governo norte-americano não pretende eliminar o imposto de US$ 0,54 por galão do etanol importado.

transação. “Nós esperamos que o sr. Grassley não faça os americanos pagarem duas vezes por sua transação política: em impostos mais elevados para o etanol e em impostos mais elevados e redução do serviço de saúde”, afirma o editorial.

O jornal também ressalta que as políticas protecionistas do governo dos EUA fazem os consumidores americanos pagarem a conta dos preços de alimentos mais caros, de até 15% mais elevados, de acordo com o Congresso dos EUA. Em um ano, três bilhões de bushels de milho e milhões de acres de terra cultivável foram direcionados para a produção de etanol ao invés de alimentos nos EUA.

Para Plínio Nastari, presidente da Datagro, os editoriais do Post e do Wall Street Journal mostram que a parcela mais moderna da sociedade norte-americana está vendo que a atual política de subsídios à produção de etanol de milho do governo dos EUA não tem futuro.