Mercado

Intervenção líquida do BC recua para US$ 10,8 bi no mercado à vista

A injeção líquida de moeda estrangeira do Banco Central (BC) no mercado financeiro caiu para US$ 10,8 bilhões no último dia 30 de julho. No auge da crise financeira global iniciada em setembro de 2009, esse suprimento de liquidez no mercado à vista chegou a US$ 39 bilhões.

Dos US$ 10,8 bilhões, US$ 6,3 bilhões são vendas diretas da reservas internacionais, enquanto US$ 4,5 bilhões são de Adiantamentos de Contratos Cambiais (ACC).

A informação foi dada há pouco pelo presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Ele foi convidado a falar sobre a trajetória recente de queda dos juros.

Após a exposição de Meirelles, o senador João Tenório (PSDB-AL), representante do setor sucroalcooleiro, elogiou a ação da autoridade monetária como ” fundamental e crucial para dar liquidez ao setor exportador no auge da crise ” .

Segundo ele, do total de US$ 39 bilhões em crédito direto injetado pelo BC durante o período crítico da crise, em linhas de reforço à exportação e em liquidez para os bancos e empresas não financeiras, cerca de US$ 28,2 bilhões já retornaram à autoridade monetária na forma de resgates ou compras, resultando numa injeção líquida de US$ 10,8 bilhões até o fim da semana passada, segundo Meirelles.

Nas operações do mercado futuro, o BC aplicou US$ 33 bilhões em leilões de swaps cambiais. Até o fim do mês passado, também resgatou US$ 11 bilhões. Portanto, voltou a ficar comprado em US$ 22 bilhões, posição igual à que estava em derivativos, antes do agravamento da crise.

O presidente do BC mencionou ainda que as reservas cambiais do país já superam a posição pré-crise, de agosto de 2008, quando registrava US$ 205,1 bilhões. Na última segunda-feira, dia ! 3, as reservas somavam US$ 212 bilhões.