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Usina Santa Terezinha encerra processo de recuperação judicial e apresenta investimentos

Durante o processo, companhia aplicou R$ 2 bilhões em operações de plantio e lançamento de uma biofábrica para mudas de cana

Usina Santa Terezinha encerra processo de recuperação judicial e apresenta investimentos

Fundada em 1964, a Usina Santa Terezinha, com unidades no estado do Paraná e Mato Grosso do Sul, teve um dos principais capítulos da sua história escrito na última semana de março: a Justiça declarou como encerrado o processo de recuperação judicial da companhia, iniciado em 2019.

“Agora, retomamos a condição de qualquer empresa similar no mercado e continuamos com o cumprimento das obrigações assumidas e no caminho do crescimento. Além disso, aproveitamos para anunciar os investimentos realizados durante esse período, que comprovam a nossa superação e a condução estratégica e assertiva da crise que vivenciamos”, explica Sidney Samuel Meneguetti, diretor jurídico da Usina Santa Terezinha.

Nos últimos cinco anos, o período do processo da recuperação judicial foi de reestruturação e expansão da Usina Santa Terezinha: “Investimos mais de R$ 2 bilhões somente nas operações de plantio da cana-de-açúcar, desenvolvemos um fertilizante foliar para a cana, o USTFert, e instalamos uma biofábrica de mudas de cana (MPB´s), que, hoje, produz mais de 11 milhões de mudas por safra. A Usina segue com os investimentos necessários para tornar as operações ainda mais eficientes”, destaca Orlando Mansur Pereira, diretor financeiro da Usina Santa Terezinha.

Em 2023, a usina empregou 8 mil funcionários diretos e obteve um faturamento bruto de R$ 3,4 bilhões, resultado que deve ser repetido neste ano. A companhia ainda segue com planos de investimento em suas operações, com foco na produção de açúcar, etanol e energia elétrica de forma sustentável a partir do processamento da cana-de-açúcar.

Paulo Meneguetti, diretor-presidente da Usina Santa Terezinha.

Durante a recuperação judicial, o grupo estruturou o Projeto Transforma, que reorganizou a gestão das unidades em clusters, garantindo mais sinergia nas atividades. Agora, a etapa de transformação da gestão está em fase de execução e, por isso, está em andamento o Projeto Performa, que aplica as melhores práticas para garantir a eficiência da produção. Todas essas ações e o foco da companhia no cumprimento das obrigações, garantiram o pagamento de mais de R$ 300 milhões aos credores apenas em dezembro do ano passado.

Atualmente, a Usina Santa Terezinha tem unidades distribuídas pelos estados do Paraná, nas cidades de Maringá, Paranacity, Terra Rica, Rondon, Cidade Gaúcha, São Tomé, Ivaté, Umuarama, Tapejara, Moreira Sales e Paranaguá, e Mato Grosso do Sul, em Eldorado.

Plano de Recuperação Judicial

A Usina Santa Terezinha é a maior companhia sucroenergética do Paraná e uma das dez maiores do Brasil. Em 2019, a companhia entrou com pedido de recuperação judicial após um credor não concordar em renegociar a dívida, decorrente de consecutivas quebras de safra da cultura de cana-de-açúcar, geradas por crises climáticas. Naquele ano, a dívida financeira era de cerca R$ 4,6 bilhões.

“A superação dessa etapa complexa ficará marcada na história da empresa como um momento de transformação e resiliência. Conseguimos entregar resultados positivos, avançamos na profissionalização dos negócios e geração de novos empregos. Acreditamos que com o encerramento do processo judicial, abre-se a possibilidade de retomada do crédito, permitindo a expansão dos negócios da companhia”, ressalta Paulo Meneguetti, diretor-presidente da Usina Santa Terezinha.