O Parque de Energia Renovável de Khavda, que está sendo erguida no estado de Gujarat, no oeste da Índia, a um custo estimado em US$ 20 bilhões, será a maior usina de energia do planeta, independentemente da fonte de energia.
O projeto está sendo desenvolvido pela Adani Green Energy Limited (AGEL) do Grupo Adani, maior importador de carvão da Índia e um dos principais mineradores do combustível.
Será o maior parque renovável do mundo quando estiver concluído, em cerca de cinco anos, e deverá gerar eletricidade limpa suficiente para abastecer 16 milhões de residências indianas.
O pivô de energia limpa do Adani Group ocorre em um momento em que a Índia estabeleceu algumas metas climáticas ambiciosas.
O primeiro-ministro Narendra Modi prometeu que as fontes renováveis, como a energia solar e eólica, atenderão a 50% das necessidades energéticas da Índia até o final desta década.
Em 2021, Modi prometeu que a Índia atingiria zero emissões líquidas até 2070, o que ainda é algumas décadas mais tarde do que as economias desenvolvidas.
O governo estabeleceu uma meta de 500 gigawatts (GW) de capacidade de geração de eletricidade a partir de combustíveis não fósseis até 2030. A AGEL tem como objetivo fornecer pelo menos 9% desse valor, com quase 30 GW gerados somente em seu parque de Khavda, em Gujarat.
De acordo com os analistas, a Índia deverá acrescentar o equivalente a uma Londres à sua população urbana a cada ano nos próximos 30 anos.
Espera-se que a demanda por eletricidade dispare nos próximos anos devido a fatores que vão desde a melhoria dos padrões de vida até as mudanças climáticas. Essa última tem provocado ondas de calor mortais em toda a Índia e, como resultado, o uso de ar-condicionado deverá sofrer um aumento acentuado nos próximos anos.