O Brasil apresentou a maior taxa de crescimento da produtividade da agropecuária no período de 1975 a 2008, com aumento de 3,66% ao ano. A informação é do coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques, e foi divulgada ontem pela assessoria de imprensa do ministério. A posição brasileira é seguida pela China (3,2%), Austrália (2,12%) e Estados Unidos (1,95%).
O crescimento da agropecuária brasileira no período foi impulsionado principalmente pelas inovações tecnológicas decorrentes da pesquisa. As informações constam do estudo elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica (AGE), do ministério. “O melhoramento genético e a introdução de novas cultivares permitiram maior produtividade em lavouras como as de soja, milho, café e cana-de-açúcar. Também nas carnes, frutas e hortaliças, as inovações foram surpreendentes”, diz o documento d! a Agricultura.
O desempenho brasileiro é resultante, segundo Gasques, dos investimentos na pesquisa agropecuária. O coordenador apresentou alguns exemplos de rendimento: a cana saiu de 49 para 80 toneladas por hectare no período de dez anos. O milho chegou a 12 toneladas por hectare, a soja, a seis toneladas por hectare, e o café, além de incremento na produtividade, obteve ganhos em qualidade.
A nota do ministério informa ainda que a retomada do crédito agrícola nas operações de investimentos refletiu positivamente nos resultados de produtividade agrícola, especialmente no período mais recente. A avaliação é a de que o aumento da produtividade contribuiu para que os preços dos alimentos não pressionassem a inflação nos últimos 15 anos.
“A inflação cresceu em média 0,59%, de agosto de 1994 a junho deste ano, e os preços dos alimentos, 0,55%.” Na comparação entre a produtividade da agricultura e a da indústria, o setor agrícola cresceu entre 2002 e 2008 a u! ma média anual de 4,7%, enquanto a produtividade industrial foi de 3% ao ano. A produção de carne bovina que, em 1997, era de 11 quilos de carcaça por hectare/pastagem subiu para 39 quilos, em 2008. A do leite saltou de 8 bilhões de litros para 27 bilhões de litros, no mesmo período.