O setor de álcool é um dos que mais representam essa queda sofrida nas exportações brasileiras para os EUA. Nos seis primeiros meses deste ano, o mercado americano adquiriu 85,6% menos combustível brasileiro que no mesmo período de 2008.
Para Antonio de Padua Rodrigues, diretor da Unica (que representa o setor sucroalcooleiro), o motivo para esse recuo foi o excesso de oferta nos EUA. Isso ocorreu porque não se repetiu o mesmo cenário do ano passado: problemas climáticos afetando lavouras e aumento nos preços do milho (que é a base do etanol norte-americano) e do petróleo.
Assim, o preço do álcool brasileiro -que ainda sofre tarifa para entrar no mercado dos EUA- não se mostrou competitivo para disputar internamente com o norte-americano.
Contramão
Na contramão da queda das exportações brasileiras, está o setor de papel, que expandiu em 21! % as suas vendas para os EUA.
O Grupo Suzano diz que espera “crescimento significativo” nas vendas para a América do Norte no ano. Para isso, diz Carlos Aníbal de Almeida, diretor da unidade de papéis, a aposto foi o fortalecimento de alguns nichos de mercado, oferecendo papéis de qualidade superior e serviços melhores.