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Vez do biocombustível

Com os sinais de que a crise financeira global vai sendo aliviada, com a possível reversão das expectativas nos próximos meses, é preciso que o governo e a iniciativa privada voltem a focar mais atenção aos biocombustíveis. Para Goiás, trata-se de um grande interesse econômico e social, pois figura entre os primeiros Estados no ranking da produção do energético verde.

É fundamental também bastante realismo. Nem otimismo vazio, nem pessimismo cego. Serão necessários cuidados e controles, zoneamentos e rotações, sob normas legais prudentes, a fim de evitar danos ambientais e prejuízos para os demais cultivos.

Mas, imaginar-se que a produção em maior escala de combustível derivado da cana-de-açúcar ou outros vegetais provocará até fome, é alarmismo equivocado. Quando a soja começou a ser plantada no Brasil, também surgiram ataques à expansão dessa cultura agrícola, com argumentos de que a sojicultura reduziria a pr odução de produtos alimentícios, como o arroz.

Até pelo contrário, de alguma forma, provocando a introdução de novas tecnologias, a sojicultura contribuiu para modernizar outros cultivos, com substanciais ganhos de produtividade. Provavelmente, para citar novamente o exemplo do arroz, hoje é mais barato do que antes do advento da soja. E o óleo de cozinha derivado de soja beneficiou as família de menor poder aquisitivo, pois é incomparavelmente mais barato do que os que, antes, os brasileiros consumiam.