A missão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na 5a edição da Cúpula das Américas é tentar sensibilizar o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a derrubar barreiras comerciais ao etanol.
O presidente brasileiro não tem ilusões de resolver logo sua demanda -ponto de tensão entre os dois países, como pontuou o próprio Obama no primeiro encontro que tiveram, no mês passado-, mas está determinado a quebrar o gelo. O tema já foi tratado entre Lula e o ex-presidente George W. Bush em 2007.
Durante seu discurso na Cúpula das Américas, que se realiza em Trinidad e Tobago entre os dias 17 e 19 de abril, Lula defenderá a queda das barreiras como forma de fomentar, também, o desenvolvimento de países pobres da região com geração de emprego e renda.
“O presidente deve tratar em sua fala que sejam removidas as b! arreiras comerciais pelos países ricos em relação aos biocombustíveis”, afirmou nesta quarta-feira o porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach.
O presidente vem dizendo que a crise financeira internacional não pode ser desculpa para não reduzir o protecionismo das nações ricas.
Lula acredita poder atingir o mercado norte-americano por meio de países que mantêm acordos de livre comércio com os Estados Unidos.
Algumas usinas brasileiras já se instalaram em países do Caribe com esse fim, pois conseguem fazer vendas indiretas aos EUA sem ter de pagar a tarifa de 54 centavos de dólar por galão de etanol, aplicada às importações diretas.
Ele cobrará promessas feitas pelo colega na última reunião do G20 de atuar mais em benefício dos países em desenvolvimento.
Lula telefonará para Obama nesta quarta-feira, uma conversa marcada há três dias “para afinar posições” antes do encontro regional.
“O presidente não vai deixar o Obama refém da América Latin! a e, ao mesmo tempo, pedirá gestos dele (para com a região)”, contou uma fonte da Presidência sob condição de anonimato.