Antes de assinar a venda de parte dos ativos para a Louis Dreyfus Commodities (LDC), na segunda-feira, Santelisa Vale renegociou sua dívida com vários bancos pequenos. Esse acordo seria uma das exigências para que o negócio com a LDC fosse fechado e nasceu da polêmica entre a Santelisa Vale e o Banco Daycoval, que tentou, sem sucesso, no ano passado, o arresto judicial de açúcar dado como garantia de uma dívida. Os dois lados acertaram então uma renegociação, a Santelisa pagou parte da dívida e prorrogou o restante.
Surgiu então um padrão de acordo utilizado para outras instituições financeiras menores. A companhia não revela detalhes sobre quanto já foi renegociado da dívida total de R$ 3 bilhões e nem quantos bancos pequenos já fizeram acordos, mas deixa claro que é uma parcela mínima do passivo. As grandes instituições financeiras ainda definem um acordo paralelo, que deve prever a transformação de parte da dívida em ações da Santelisa Vale, algumas negociáveis, o que pode pulverizar ainda mais o controle acionário da segunda maior companhia sucroalcooleira do País.