Parte da safra de cana-de-açúcar do Estado de São Paulo ainda está no campo. Fatores climáticos aliados a problemas nas usinas atrasaram a colheita.
Na fazenda do agricultor Hernani Jereissati em Penápolis, duzentos e cinqüenta hectares de cana ainda não foram cortados. A usina que compra a produção não conseguiu fazer a colheita na fase de desenvolvimento da planta.
“Houve problemas de quebra de moenda. Deu problema em caldeiras também. Tudo acarretou uma diminuição na colheita da cana”, disse seu Hernani.
De acordo com a Conab, Companhia Nacional de Abastecimento, a moagem da cana em 2008 no centro-sul do país chegou a 502 milhões de toneladas. Cinco por cento ficaram no campo para a colheita de 2009. Essa é a maior sobra já registrada no setor segundo a União da Indústria da Cana-de-Açúcar.
Notícias Relacionadas
A preocupação agora é com o clima já que a água em excesso interfere na qualidade da sacarose, o que pode tornar o produto menos rentável para a produção de açúcar.
O seu Hernani sabe da desvantagem. Mesmo assim, disse que é possível a perda no peso da planta, que fica maior.
“As brotações aumentam a quantidade de massa por hectare. Então, aumenta a quantidade de peso de cana por hectare. Aí acontece a compensação dessa perda de sacarose”, explicou seu Hernani.
Nos Estados do Nordeste, a colheita vai até março. A produção nacional deve chegar a 570 milhões de toneladas, treze por cento mais que na safra anterior
