Moçambique deve urgentemente aumentar a produção de açúcar para satisfazer a crescente procura internacional deste produto, afirmou o Ministro da Indústria e Comércio, António Fernando, citado pelo jornal Notícias, de Maputo.
Sem avançar números, António Fernando referiu que a procura do açúcar moçambicano é maior e há vários países que já manifestaram formalmente o interesse de comprar este produto, sendo o Egipto, as Seychelles e a Indonésia exemplos de países que querem comprar quantidades “enormes†de açúcar moçambicano.
“Precisa-se de mais açúcar para exportar não só para a região da SADC, no âmbito da Zona de Comércio Livre, mas também para o mundo inteiro. Moçambique está a receber cada vez mais propostas de compra de açúcar e temos que aumentar a produção, porque a procura é maior†disse o ministro.
Para António Fernando, o interesse de vários países pelo açúcar moçambicano abre uma “grande†oportunidade de colocação deste produto no mercado mundial, bem como do crescimento da indústria açucareira nacional.
Actualmente, o açúcar produzido em Moçambique é vendido no mercado interno e exportado para a União Europeia (UE), no âmbito das concessões em vigor à luz da iniciativa “Tudo-Menos-Armasâ€, virada para a promoção dos produtos dos países menos desenvolvidos.
A produção global do açúcar em Moçambique poderá atingir 500 mil toneladas em 2009, de acordo com as previsões do grupo Tongaat-Hulett que, em parceria com o Governo, está a desenvolver um projecto de expansão das actividades nas açucareiras de Xinavane, na província do Maputo, e Mafambisse, em Sofala.
A expansão das açucareiras vai custar 177 milhões de dólares, dos quais 143,9 milhões serão investido na açucareira de Xinavane e os restantes na de Mafambisse. Neste projecto, o Estado vai contribuir com 15 milhões de dólares. (macauhub)