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`Não existe motivo para alta de preços de combustíveis nos postos´, diz líder sucroalcooleiro

Geraldo Cordeiro, presidente em exercício do Sindicato da Indústria do Açúcar e da Fabricação do Álcool em Minas Gerais (Siamig/Sindaçúcar-MG), diz que, mesmo com a recuperação nos preços do álcool em função das chuvas em São Paulo (que está atrasando a colheita), eles situam-se bem abaixo do ano passado e não existe motivo para alta nos postos. “A queda no preço do álcool desde o final do ano passado não foi totalmente repassada para os consumidores e basta que este combustível tenha alguma recuperação para se falar em aumento de preço nos postos”, adverte.

Segundo o líder, desde dezembro de 2003, o preço do álcool e do açúcar vem atingindo os menores níveis dos últimos três anos, em plena entressafra. No mês de fevereiro deste ano, por exemplo, o litro do álcool na indústria estava sendo vendido a R$ 0,37 – abaixo do custo de produção – e mostrando uma queda de 55% na comparação de fevereiro/03, quando era vendido a R$ 1,00 à distribuidora. A saca de 50 quilos de açúcar, na indústria, estava em fevereiro/04 a R$ 18,00, com redução de 59% frente ao valor de R$ 45,00 de fevereiro/03.

O preço médio do litro do álcool, na indústria, está em torno de R$ 0,50 e a saca de 50 quilos do açúcar está cotada em cerca de R$ 21,00. “Neste momento os preços iniciaram uma ligeira recuperação, mas bem distante dos preços alcançados no início do ano passado”, diz.