O contrato com padrões internacionais para a comercialização do etanol, elaborado e apresentado ao mercado pela International Ethanol Trade Association (IETHA), em outubro do ano passado, passará por uma espécie de balanço durante evento do setor no próximo dia 28, em São Paulo. A IETHA tem como membros empresas nacionais e internacionais presentes em várias áreas de comercialização do combustível – como exemplos, aCosan S.A., aBrenco e aPetrobras.Segundo Joseph Sherman, diretor da entidade, o evento tem como um dos objetivos verificar a aceitação do contrato e se há pontos em que haja a necessidade de alterações. “O objetivo do encontro também é convocar o setor para reapresentar o documento. Ou seja, explicar mais uma vez as cláusulas para quem não conhece, comentá-las e tirar eventuais dúvidas”, diz.O setor sentia a necessidade de criar um contrato de negociação neutro e mais simples do que os utilizados durante as negociações de exportação. Segundo Sherman, o exportador tinha um modelo, o comprador, outro, e a falta de um contrato padronizado dificultava o fechamento dos negócios.”O contrato foi lançado no final do ano passado, nessa época o volume de negócios é mais reduzido. Agora, em plena safra, é mais propício para verificar sua aceitação e utilização”, complementa Sherman.Tarcilo Rodrigues, diretor da Bioagência, lembra que, como o documento foi desenvolvido pela IETHA, que reúne os principais players desse mercado, o contrato responde ao que deve constar tanto na visão do vendedor como na do comprador do produto.A elaboração de um documento com padrões internacionais é o primeiro passo para levar o etanol à posição de commoditie. “O combustível já é commoditie, conceitualmente. Mas falta ser visto dessa forma”, diz Rodrigues. “Ter um contrato padrão é importante. Mas não basta o contrato ou estar em bolsa. Precisa haver mais países players no mercado, pois a liquidez atrai os especuladores”, diz, ainda, o diretor da Bioagência.Segundo ele, o Brasil é hoje o único país produtor de etanol com significativo excedente a ser exportado. Os Estados Unidos são grandes produtores, mas o etanol é consumido pelo próprio mercado interno. Os potenciais players concorrentes do Brasil, mais a longo prazo (em média dez anos), poderão ser países da África e a Índia. A África do Sul e Moçambique têm mercados internos pequenos, o que favorece a formação de excedente exportador.
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Contrato internacional padrão para o etanol passa por avaliação
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