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UE teme que biocombustível traga mais dano do que benefício

A utilização em larga escala de biocombustíveis poderá trazer mais danos ao meio ambiente do que benefícios, afirmou nesta segunda-feira, na capital eslovena, Janez Potocnik, comissário europeu para Ciências e Pesquisa.

“Não podemos investir em biocombustíveis que tragam problemas ambientais”, avisou o comissário esloveno, país que preside a União Européia (UE) durante este semestre.

O biocombustível deve ser “olhado de uma forma sustentável”, defendeu o responsável quando questionado sobre o apoio da Comissão Européia (braço executivo da UE) ao setor.

O custo dos cereais e a derrubada de áreas florestais para a plantação de soja e de outras matérias-primas para a produção de biocombustíveis são encarados como conseqüências negativas do aumento de sua utilização.

Por esse motivo, a União Européia vai monitorar esta questão nos próximos anos, antes de tomar qualquer decisão.

“Temos que apostar mais na segunda e na terceira geração de biocombustíveis do que na atual”, declarou Janez Potocnik, durante a 2ª Conferência Européia de Pesquisa em Transportes Rodoviários.

Subordinada ao tema “Caminho rápido para transportes rodoviários mais verdes, inteligentes e seguros”, o evento recebe pesquisadores internacionais, que apresentam até quarta-feira algumas das principais novidades tecnológicas do setor.

Janez Potocnik considerou o objetivo do encontro essencial para o “futuro sustentável” da União Européia.

A conferência visa “conciliar a liberdade que o transporte dá com o custo ambiental da poluição e da morte” que ele causa, resumiu o comissário europeu.