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Falta de apoio afeta agronegócio

O comprador Camilo Cândido Falta de incentivo ao pequeno produtor somado a estradas mal cuidadas e expansão do plantio de cana-de-açúcar e eucalipto comprometem o agronegócio na cidade, segundo Camilo Cândido, comprador de melancias da região.

“Marília pode ser um grande pólo na produção de diversas culturas, mas a falta de recursos destinados aos pequenos produtores tem barrado esse crescimento”, diz Cândido ressaltando que o pouco apoio dos poderes políticos está acabando com os pequenos produtores.

“E isso acaba aumentando os preços dos gêneros de subsistência, assim o feijão, por exemplo.”

Cândido explica que a política voltada ao agronegócio na cidade não tem fornecido apoio suficiente.

“Os produtores estão completamente abandonados”, fala. “Há uns dois ou três anos, o governo do estado liberou verbas para a Secretaria de Agricultura do município”, diz. “Já existem maquinários para fornecer como subsídio aos produtores. Porque não estão sendo disponibilizados é que a gente quer saber”.

Ele comenta que os pequenos produtores não têm condições de contratar profissionais para pesquisas de melhoramentos nas roças. “Se eles forem atrás de tudo isso, o dinheiro da plantação inteira não paga os gastos que se tem”, explica.

Segundo ele, esse é um dos principais motivos de expansão das culturas da cana-de-açúcar e do eucalipto, que vêm ocupando boa parte das terras da nossa região.

Isso é ruim, porque a cana e o eucalipto não geram os empregos que os outros cultivos proporcionam”, explica. “Isso afeta diretamente na renda familiar desses trabalhadores, que hoje ganham R$30 ou R$40 na melancia e vão acabar tirando bem menos na cana”.

Outro problema que atinge os agricultores é o péssimo estado de conservação das estradas que ligam os sítios à s rodovias.

“Tem ponte em Avencas que está caída há mais de cinco anos”, ressalta Cândido. “Isso atinge diretamente no escoamento da produção”.

Para ele, falta mais empenho dos políticos.

“Eu entendo que nessa época de chuvas não é fácil arrumar estrada, mas a situação está precária”, comenta. “Onde tem terra boa, não tem ponte para passar. Tem que se tomar providências urgentes”, finaliza.