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Petromoc quer produzir etanol e energia em Maputo, na África

A empresa estatal Petróleos de Moçambique (Petromoc) tenciona investir 400 milhões de dólares para viabilizar um projecto de produção de etanol a partir de cana-de-açúcar na província de Maputo, de acordo com o jornal Notícias, de Maputo.

O jornal adianta que a estimativa é que sejam geradas, no quadro deste empreendimento que também envolve o Comité de Facilitação da Agricultura entre Moçambique e África do Sul (Cofamosa), entre 220 e 230 milhões de litros de bio-etanol por ano.

Naquilo que foi experiência-piloto na busca de soluções para o problema do aumento da factura energética do país, a Petromoc instalou no ano passado uma unidade de processamento de biodiesel nas suas instalações na Matola, que produz 80 mil litros por dia.

A Petromoc estuda agora a possibilidade de vir a produzir cana-de-açúcar nos distritos da Moamba e Magude, numa extensão calculada em cerca de 29 mil hectares destinados ao etanol.

Parte daquelas terras formavam o regadio de Sábie, um empreendimento construído com a finalidade de viabilizar aquilo que seria o segundo maior celeiro da região sul do país.

No quadro da preparação de componentes específicas do estudo de viabilidade, que conta com o financiamento do governo de Espanha, foi assinado na semana passada em Maputo um contrato para a prestação de serviços entre a Petromoc e a empresa espanhola de consultoria (Europrysma).

O governo espanhol predispôs-se a financiar o estudo de viabilidade, num montante estimado em 290 mil euros e decorrem negociações entre o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e o Governo moçambicano destinadas a financiar o projecto.

Fonte da administração da Petromoc disse ao jornal que, para além da produção de etanol, o projecto contempla a produção de bagaço e a geração de energia eléctrica.