Os investimentos feitos em expansão pelos setores automotivo, de mineração, papel e celulose, siderurgia, alimentos e bebidas e açúcar e álcool, em especial, impulsionaram o desempenho do grupo sueco SKF no mercado brasileiro em 2007. A fabricante de rolamentos, produtos e sistemas para manutenção industrial registrou faturamento de R$ 610 milhões no País no ano passado, um crescimento de 22% quando comparado aos R$ 500 milhões obtidos em 2006. O setor automotivo respondeu por 60% das vendas, ou R$ 366 milhões, alta de 22% em relação ao ano anterior. Já a divisão industrial da companhia – que atende a todos os outros setores da indústria – cresceu 20% e faturou R$ 244 milhões em 2007, informou Mauro Luna, diretor de vendas industriais e marketing da SKF do Brasil.
Luna aposta na continuidade do crescimento econômico – a empresa fornece produtos tanto para os fabricantes de máquinas e equipamentos quanto para as empresas que utilizam bens de capital – este ano e prevê crescimento de 15% no faturamento da divisão industrial em 2008, alta influenciada pela demanda dos mesmos setores que incrementaram os resultados da companhia no ano passado.
A venda de produtos (os rolamentos são os principais e ficaram com cerca de 80% do total) respondeu por 75% do faturamento da divisão industrial. Já a área de prestação de serviços de engenharia de aplicação e manutenção de máquinas ficou com o restante. Apesar da menor participação, a prestação de serviços vem conquistando espaço: no ano anterior a fatia na receita foi de cerca de 19%. Os negócios nessa área cresceram 42% no ano passado, disse Luna. Do total faturado com serviços, 75% veio do setor de papel e celulose..
A prestação de serviços cresce ano a ano por causa do modelo de negócio proposto pela SKF nessa área, explicou. Segundo afirmou, ela opera por contrato de performance, o que significa que se compromete a aumentar a eficiência e produtividade dos clientes com suas soluções, sob pena de ter que dar descontos ou devolver a diferença em produtos se as metas não forem alcançadas. Se atingidas, o cliente, cujo contrato dura em média cinco anos, paga um bônus, disse Luna, que estima alta de 30% este ano na receita com serviços.
Conforme o executivo, cerca de 30% do total faturado com produtos em 2007 foi proveniente dos negócios com o setor de mineração; 25%, da área de papel e celulose; 20% foram vendas para o setor de siderurgia; e 25% para as demais áreas industriais. Outro destaque de 2007 foi o setor de açúcar e álcool, que pulou de uma participação de 5% no faturamento em 2006 para 10% no ano passado. Luna espera que essa área responda por 20% das vendas, em quatro anos.