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Embrapa de Campinas sediará núcleo de agroenergia

A Embrapa Monitoramento por Satélite, de Campinas, SP vai sediar um posto avançado do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República na área de infra-estrutura da agroenergia, para atuar tanto na gestão territorial como na gestão de crise do setor.

Pela primeira vez o País terá um mapa atualizado de toda a produção, transformação e distribuição da energia gerada a partir de produtos agrícolas, o que dará à Presidência da República informações necessárias à tomadas de decisão no setor energético, que vive sob o risco de apagão. Esse gabinete vai funcionar no Jardim Chapadão, dentro da área do Exército, no novo prédio da Embrapa que será inaugurado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) antes de maio.

O chefe da Embrapa Monitoramento Por Satélite, Evaristo Miranda, informou que a unidade desenvolveu um sistema onde estão sendo agregadas informações detalhadas sobre a agroenergia como por exemplo, dados da produção de soja, cana, mamona, dendê.

Também está no programa o mapeamento das indústrias que transformam o produto agrícola em combustível, ou seja, a localização de usinas, a capacidade de produção de etanol, os locais onde se produz biodiesel, onde é feita co-geração de energia e até os matadouros. Atualmente os novos matadouros já incluem plantas industriais de produção de biodiesel de sebo. Além disso, estão mapeadas todas as áreas de produção, as redes distribuição de energia elétrica, álcool, gás, os portos.

“É um sistema que permite à Presidência da República olhar o que está acontecendo e tomar decisão. O Gabinete de Segurança Institucional terá aqui um centro estratégico da Presidência na área de infra-estrutura da agroenergia”, explicou. As informações online serão acessadas em Brasília, mas o ministro do GSI terá também um gabinete montado em Campinas.

Mais do que um levantamento da infra-estrutura existente, o sistema permite análises críticas da situação. “Vamos poder produzir análises que apontem onde há problemas em estradas, portos, plantações e usinas, para que a Presidência possa fazer a governança territorial da agroenergia”, informou.

O levantamento da área plantada foi feito pela Embrapa a partir de imagens de satélites. As demais informações vieram de setores do governo e da área empresarial. Não é a primeira vez que a unidade de Campinas trabalha em projetos para a área de segurança institucional da Presidência da República.

Anteriormente desenvolveu um sistema de monitoramento remoto da faixa de fronteira e de seus recursos naturais. O sistema permite ao Governo Federal maior controle na vigilância ao longo da faixa de fronteira de 11 mil km, abrangendo 11 estados, do Oiapoque ao Chuí. (Maria Teresa Costa)

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