O governo brasileiro quer negociar com a União Européia (UE) o reconhecimento do selo ambiental que o País vai criar para o etanol. Ontem, a UE anunciou seu novo plano energético e de corte de emissões de CO2 até 2020, incluindo metas para aumentar o consumo de etanol. Bruxelas, porém, sugere a criação de um certificado para permitir que o combustível entre no mercado sem danificar o meio ambiente.
Nos próximos meses, o comissário de Energia da UE, Andris Piebalgs, chega, pela primeira vez, ao Brasil para debater o comércio do etanol.
Pela proposta européia, o uso do etanol apenas está autorizado se cumprir três critérios. O primeiro deles é o de não gerar a perda de biodiversidade. Outro critério é o de evitar o desmatamento de florestas tropicais.
O combustível produzido a partir de matérias-primas plantadas antes de 2003 não terá de seguir os critérios. Para completar, o biocombustível produzido deve representar um corte de, pelo menos, 35% nas emissões de CO2 em relação a outros combustíveis. O Itamaraty quer assegurar que a própria certificação feita pelo Brasil seja considerada como suficiente pelos europeus, evitando ser vistoriado por Bruxelas.