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Empresas brasileiras batem recorde de fusões e aquisições

As empresas brasileiras participaram de 718 transações de fusão ou aquisição em 2007, batendo com folga o antigo recorde de 2000 (624 transações), informou nesta quinta-feira a auditoria PwC (PricewaterhouseCoopers). O desempenho no ano passado foi 25% superior ao visto em 2006 (573 negócios).

Além de ter sido maior em número, os negócios realizados no ano passado foram também mais volumosos em termos financeiro, segundo a empresa. “Os resultados de 2000 foram afetados por um grande número de pequenos negócios ligados à bolha da internet, enquanto que em 2007 isto não ocorreu”, explica o relatório da PwC.

O volume foi também bem superior ao observado no consolidado global: segundo a consultoria Thomson, o número de operações de fusões e aquisições em todo o mundo cresceu apenas 10% no mesmo período.

Empresas e setores

Entre os setores, os que tiveram maior número de fusões e aquisições foram os de alimentos (95 operações, puxado principalmente por frigoríficos e usinas de açúcar e álcool), varejo (58) e construção (55).

Algumas empresas se notabilizaram por realizarem grande número de operações de aquisições. Segundo a contabilidade da PwC, quatro delas (a gerenciadora de shoppings centers BR Malls, a mineradora Vale do Rio Doce, a petroleira Petrobras e a siderúrgica Gerdau) fizeram pelo menos dez negócios. Por sua vez, os frigoríficos Perdigão, Marfrig e JBS Friboi, a fabricante de softwares Datasul e a universidade Anhanguera Educacional fizeram entre cinco e dez negócios.

As maiores operações do ano no Brasil foram a aquisição da siderúrgica americana Chaparral Steel pela Gerdau (US$ 4,2 bilhões), a venda do Grupo Ipiranga para o consórcio Petrobras/Ultra/Braskem por US$ 4 bilhões e a da Suzano Petroquímica pela Petrobras por US$ 2,2 bilhões.

A PwC ainda destacou que, pelo segundo ano seguido, as companhias nacionais ampliaram suas participações nas aquisições. Em 2007 elas foram responsáveis por 68% dos controles de capital (391 de 572 operações), contra 58% de 2006 e 57% de 2005.