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Preços de álcool e gasolina subiram menos no IPC-S da FGV

Os preços do álcool combustível e da gasolina subiram menos nas capitais onde a Fundação Getúlio Vargas (FGV) fez o levantamento do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da segunda quadrissemana de janeiro (últimos 30 dias encerrados em 15 de janeiro). No período, a variação média do álcool foi de 4,21% e a da gasolina chegou a 0,31%.

Na pesquisa anterior, referente aos 30 dias terminados em 7 de janeiro, as altas apuradas haviam sido de 6,39% e de 0,65%, respectivamente. A FGV faz a apuração da inflação ao consumidor por meio do IPC-S em sete capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife.

A alta menor nos preços de ambos os combustíveis foi importante para amenizar o reajuste recente que algumas capitais, como o Rio de Janeiro, promoveram na tarifas de ônibus. No IPC-S nacional, o item Tarifa de Ônibus Urbano subiu 1,26% na segunda quadrissemana de janeiro ante 0,96% na primeira medição do mês.

A variação menos expressiva do álcool e da gasolina não é normal para o período, de entressafra da cana-de-açúcar. Este comportamento está ligado ao atual momento de oferta, principalmente, do primeiro combustível.

No Estado de São Paulo, por exemplo, o preço do álcool hidratado vem apresentando queda nas usinas distribuidoras, em virtude dos estoques mais elevados formados pelas empresas ainda em novembro para o final de 2007.

A gasolina, que conta na sua formação com uma parte de álcool anidro, também é beneficiada quando são observados períodos menos turbulentos para a safra da cana no País.

Segundo o coordenador do IPC-S nacional, Paulo Picchetti, não há ainda uma expectativa de queda de preços para o consumidor. Existe, entretanto, a previsão de que o álcool não traga o forte impacto de anos anteriores ao bolso dos brasileiros. “A tendência não é de queda para os dois combustíveis, mas esperamos uma estabilidade nos preços nos próximos levantamentos”, afirmou.