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Exportadores brasileiros abrem centro de negócios na China

A Agência de Promoção de Exportações e Investimentos do Brasil (Apex) vai abrir no primeiro semestre de 2008 um centro de negócios na China para ajudar empresários brasileiros interessados naquele mercado.

Atualmente, a Apex, ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, possui cinco centros de negócios no exterior: Lisboa, Miami, Dubai, Frankfurt e Varsóvia.

A decisão de criar um centro de negócios na China foi tomada durante uma reunião na semana passada, em Pequim, entre o presidente da Apex, Alessandro Teixeira, a diretora geral da Agência de Promoção de Investimentos da China (Cipa), Zahang Yingxin, e representantes do Conselho para Promoção do Comércio Internacional chinês (CCPIT).

O centro de negócios da Apex-Brasil na China vai funcionar inicialmente com uma estrutura de escritório para atender empresas brasileiras interessadas em exportar seus produtos para o gigante asiático.

No próximo dia 29, cerca de 200 empresários chineses vão participar, em São Paulo, do seminário “Brasil-China: uma parceria estratégica”. Segundo a Apex, o objetivo é atrair investimentos asiáticos para setores brasileiros de aeronáutica, biocombustível, infra-estruturas, tecnologias de informação e petróleo.

Durante o evento, será assinado um acordo de cooperação entre a Apex e o CCPIT, entidade ligada à câmara de comércio internacional da China.

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Em dezembro, a diretora geral da Cipa virá ao Brasil acompanhada de 20 investidores para referendar um acordo assinado com a Apex em setembro, em Xiamen.

O documento prevê o desenvolvimento de iniciativas nos setores de biocombustíveis, infra-estruturas, transporte marítimo, agronegócios, recursos minerais, tecnologias de informação, capital de investimento e fundos de gestão.

Para o próximo ano, o governo brasileiro está programando ações para intensificar os negócios com a China. Uma das iniciativas é a participação do Brasil na Feira Internacional de Investimentos e Exportações da China (CIFIT), em Xiamem, uma das maiores do mundo e a maior da China no segmento.

“Queremos levar um carro flex para expor na CIFIT, oferecendo aos chineses a oportunidade de testar o seu desempenho”, disse o presidente da Apex, Alessandro Teixeira, que pretende abrir oportunidades de negócios na área de biocombustíveis.

A China se tornou neste ano o segundo maior parceiro comercial do Brasil, atrás dos Estados Unidos. Somente nos dez primeiros meses de 2007, o comércio entre os dois países totalizou US$ 19,4 bilhões (R$ 34,1 bilhões).