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Curso de Tecnologia Canavieira forma primeira turma

Os quarenta alunos do 1º Curso Intensivo de Tecnologia Canavieira promovido pela ASSOMOGI- Associação dos Produtores de Cana do Vale do Mogi – já cursam a fase final de aulas. O curso, que teve início no dia 17 de agosto, tem a formatura marcada para o dia 26 de outubro, no Centro Universitário Anhanguera, de Leme/SP. Na cerimônia de formatura, estará presente o Patrono da Turma, Dep. Federal Nelson Marquezelli. No total, serão dez semanas de aulas teóricas, práticas e visitas técnicas, somando 400 horas-aula.

As turmas dos módulos Cana Planta e Mecanização tiveram aulas ministradas por instrutores do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), instrutores treinados das grandes empresas do setor de máquinas, implementos e insumos e da própria Assomogi. Os alunos também visitaram usinas da região, a fim de conhecerem in loco o processo de produção de etanol e açúcar. Nas aulas práticas, conheceram o funcionamento e manutenção preventiva de tratores e também aprenderam a operar as máquinas na lavoura em diversas situações. Na próxima semana, os alunos do módulo de mecanização terão aulas práticas nas colhedoras de cana.

Na opinião geral dos alunos, o curso tem acrescentado muitos conhecimentos e será uma grande porta de entrada para o mercado de trabalho no setor sucroalcooleiro. É o caso de Giovani Álvares, 39 anos, que já foi mecânico e depois atuou 4 anos como técnico em enfermagem. Ele acredita que, somando a experiência como mecânico e os conhecimentos do curso, vai aumentar suas chances de emprego em usinas e propriedades rurais. “O curso vai me dar mais especialização numa área em que eu já tenho conhecimento”, conclui Giovani

Já Marisa Regina Selegin Gonçalves, de 42 anos, deixa seus dois filhos com parentes para se dedicar ao curso no módulo de mecanização. Ela procurou o curso motivada pelas notícias sobre a necessidade de mão de obra no setor. “Embora ainda exista algum preconceito pelo fato de eu ser mulher e estar me preparando para atuar com máquinas, em contrapartida há empresários que preferem a mão de obra feminina por serem mais cuidadosas”, afirmou Marisa. Esta também é a opinião de Maira Edilania Ferreira Cardoso, 26 anos e mãe de um filho. “Os homens já estão vendo que nós mulheres temos tanta capacidade quanto eles”, disse a ex-empregada doméstica.

Segundo o presidente da Assomogi, Antonio Sodré, a expectativa é que o curso gere ascenção social dos seus alunos. “Estamos trabalhando para que todos concluam o curso praticamente empregados no setor, melhorando assim sua condição social e seu nível de vida”, concluiu Sodré.