Mercado

Paraná quer ampliar negócios com Angola

O Paraná foi o segundo estado brasileiro que mais exportou para a Angola em 2006. No ano passado, os angolanos compraram US$ 95 milhões em produtos paranaenses. Mas as vendas para o país africano podem aumentar diante da demanda angolana e do potencial paranaense, disse o vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), Ardisson Naim Akel, que presidiu hoje um encontro entre mais de cem empresários paranaenses e o ministro adjunto da Comissão Econômica do governo de Angola, Aguinaldo Jaime.

O encontro foi promovido pela FIEP, em parceria com o Núcleo da Juventude do Movimento para a Libertação da Angola, em Curitiba. O ministro angolano apresentou as linhas de créditos e alguns serviços do Centro de Negócios Angola-Paraná (Cenap), uma instituição criada para fomentar as relações comerciais entre Angola e o Paraná. “O Cenap prestará serviços na área de negócios, gerando resultados sustentáveis que contribuam para a evolução das sociedades angolana e brasileira”, afirmou o ministro adjunto.

O Paraná foi priorizado no estreitamento de relações porque todos os negócios realizados entre as duas partes foram bem avaliados pelos angolanos. “Temos linhas de créditos vigentes para financiar investimentos e consumos também”, ressaltou o ministro-adjunto.

As vantagens e incentivos para a geração de negócios não param por aí. “Os angolanos importam muito açúcar do Brasil e o Paraná não tem participação alguma neste ramo. Está na hora de sermos mais participativos, pois temos potencial e há espaço para isto”, afirmou Ardisson Akel. “As exportações de serviços, tecnologia, obras, engenharia, telecomunicações e intercâmbio também podem crescer”, completou.

Em 2006, os principais produtos paranaenses exportados para aquele país foram tratores rodoviários/semi-reboques; farinha de milho; automóveis; frango; caminhões/guindastes; móveis de madeira; óleo de soja; milho; ingredientes para bebidas; tratores; produtos de confeitaria, bombons, caramelos, confeitos e pastilhas – sem cacau; cervejas de malte e carnes de peru. Em 2007, os setores de maior interesse dos angolanos são mineral, agrícola, pecuário, alimentício, materiais de construção, obras públicas, construção civil, hotelaria, petrolífero, pneus, embalagens, cabos elétricos, bebidas e plásticos.

No encerramento do evento, Aguinaldo Jaime conversou com os empresários interessados em fazer negócios com Angola. A palestra “Angola – perspectivas a curto e médio prazo” teve o apoio do Escritório de Representação do Ministério de Relações Exteriores no Paraná (Erepar), da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), da Associação Comercial do Paraná (ACP), do Governo do Estado e da prefeitura de Curitiba.