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Após 20 meses, cai o ritmo de produção no Estado

A produção industrial de Pernambuco registrou queda de 4,2% em julho, no comparativo com o mês de junho. Das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado aparece com a segunda maior taxa negativa, atrás apenas do Ceará (-5,8%). Pernambuco, que vinha apresentando crescimento há 20 meses, começou a arrefecer seu ritmo em junho (-0,3%) e mantém a tendência de queda. Apesar da desaceleração, o desempenho ainda é positivo se comparado com julho de 2006, com expansão de 3,3%, e no acumulado do ano (6,1%).

No resultado mensal, os setores que influenciaram negativamente a produção industrial foram alimentos e bebidas (-5,2%) e metalurgia básica (-4,5%). As quedas foram motivadas pela menor produção de cachaça e sorvetes e pela redução na de vergalhões de aço.

Na lista de atividades que apresentaram desempenho positivo estão produtos químicos (14,1%) e minerais não-metálicos (21,6%). Na categoria de químicos, o destaque no incremento da produção é para tintas e vernizes.

Em âmbito nacional, oito das 14 regiões pesquisadas apresentaram crescimento na produção industrial, com destaque para Bahia (4,6%), Goiás (4,3%) e Espírito Santo (2,2%).

BALANÇA COMERCIAL

O resultado da balança comercial de Pernambuco de janeiro a agosto aponta para um crescimento de 57,24% nas importações, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Nos oito primeiros meses do ano, o valor das importações atingiram US$ 1 bilhão, superando o total registrado ao longo de todo o ano de 2006.

O PTA (matéria-prima para a fabricação de PET) desbancou o trigo da liderança da pauta de importações, com a fábrica de resinas PET da M&;G, em Suape. As compras externas do produto saltaram de US$ 18 milhões para US$ 186 milhões.

As exportações também apresentaram crescimento, com taxa de 14,23%, com faturamento de US$ 508,3 milhões. O açúcar ainda lidera as vendas externas, mas a resina PET avança na pauta com receita de US$ 42,2 milhões, contra US$ 3 milhões de igual período de 2006.