O clima instável, o relevo acidentado e a variação nos preços dos produtos fazem com que o setor sucroalcooleiro de Pernambuco passe por dificuldades. O assunto foi debatido, ontem, durante um workshop promovido pela TGI Consultoria em Gestão com o apoio do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação. Representantes das usinas e pesquisadores assistiram a apresentação da pesquisa Empresas & Empresários sobre o segmento. A solução apontada pelos participantes para melhorar a produção local é a construção do Canal do Sertão, cujo percurso deve se localizar no extremo oeste de Pernambuco. As discussões sobre o setor sucroalcooleiro serão objeto de um caderno especial que será publicado pelo JC no próximo dia 30.
“A meta é produzir 10 milhões de toneladas de cana na área do Canal do Sertão. As empresas têm interesse em expandir suas atividades para o local”, explica o engenheiro químico do Sindicato das Indústrias do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar) Tiago Delfino. Segundo ele, até as companhias multinacionais estão interessadas no Canal do Sertão. O coordenador da pesquisa, Ricardo de Almeida, também aponta o canal como uma solução viável para o setor sucroalcooleiro. “É uma nova fronteira agrícola que deve surgir”, completa. A falta de possibilidade de expansão do plantio de cana da Zona da Mata é provocada pelo terreno acidentado. Por isso, muitas empresas resolveram investir em outros Estados.