O acerto para a formação de uma joint venture para operar uma siderúrgica em Tadipatri, na Índia, não postergará os planos do Grupo Gerdau de entrar no maior consumidor de aço do mundo, a China. “O processo para entrar na China é politicamente mais complexo. A obrigatoriedade de ter um sócio local dificulta as negociações”, explicou Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do conselho administrativo do grupo.
O empresário disse que a companhia deverá construir uma usina para produzir aços especiais no país asiático. Apesar de estudar investimentos na Ásia, Gerdau afirmou que o foco do grupo continua sendo as Américas do Norte e Latina. “Estamos analisando duas novas oportunidades na América do Sul”, afirmou, sem dar detalhes.
Para o presidente do conselho, só haverá espaço no setor siderúrgico para cinco ou seis empresas nos Estados Unidos e quatro ou cinco no Brasil. Entretanto, considera que a consolidação nacional é mais difícil de ser concluída. “Vai ser para fora. O projeto de consolidação ainda tem uma grande caminhada pela frente.”
Gerdau descartou qualquer possibilidade de reduzir investimentos por problemas energéticos, como foi anunciado pelo presidente da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Roger Agneli. “Nós não temos essa posição. É até bom o País discutir esse problema. É sinal que estamos crescendo e consumindo. O ruim é quando não cresce.” O grupo está negociando a compra da concessão de duas hidrelétricas planejadas para o Rio Chopim, entre os municípios de Honório Serpa e Clevelândia, no Sudoeste do Paraná, que pertencem a Enterpa Energia.