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São Martinho apresenta prejuízo trimestral de R$ 9,5 milhões

A São Martinho, uma das maiores produtoras de açúcar e álcool do país, anunciou na noite desta quarta-feira (27) seu resultados referente à safra 2006 e 2007 e ao quarto trimestre fiscal de 2007.

Vale ressaltar que devido à natureza de seus negócios, especialmente os períodos de safra de cana-de-açúcar, o exercício social da Cosan inicia-se em 1º de maio e encerra-se em 30 de abril do ano seguinte.

Nos últimos 12 meses, o destaque dos números foi o recuo de 25% do lucro líquido da companhia. No quatro trimestre, houve um prejuízo líquido de R$ 9,5 milhões, ante a um resultado positivo de R$ 17,5 milhões no terceiro trimestre de 2007.

Receita líquida registrou crescimento de 2,2%

De abril de 2006 a março de 2007, a receita líquida da São Martinho apresentou um aumento de 2,2% na comparação anual. Segundo o comunicado da companhia, o “incremento deve-se principalmente ao aumento do preço médio da venda do açúcar para mercado interno e externo, além do aumento do volume de exportação do mesmo”.

Na comparação com o trimestre anterior, a receita líquida apresentou um leve recuo de 2%. No quatro trimestre de 2007 a receita ficou em R$ 183,8 milhões, frente aos R$ 187,6 milhões no trimestre anterior.

Já o Ebitda ajustado (geração operacional de caixa) apresentou um avanço de 12,6% nos últimos 12 meses, atingindo R$ 290,1 milhões na safra 2006 e 2007, acima do registrado na safra 2005 e 2006, de R$ 257,6 milhões. No quatro trimestre, o Ebitda ajustado foi de R$ 51,6 milhões, acima do trimestre anterior de R$ 43,5 milhões.

Preço do açúcar

Segundo a companhia, o preço do açúcar bruto no mercado internacional iniciou o exercício de 2007 cotado a US$ 17,90 cents por libra, preço significativamente elevado quando comparado aos exercícios anteriores.

Desde então veio sofrendo gradativa erosão, chegando a US$ 9,88 cents por libra no final de março de 2007, apresentando queda acumulada de 44,8%. Apesar disso, na média do período, comparado com os 12 meses anteriores, houve um ganho de 8,5% em dólares. Devido à valorização cambial, grande parte deste aumento foi corroído. No último trimestre da safra, a queda dos preços em dólares atingiu 15,9%.