São Paulo, Os contratos futuros do açúcar na Bolsa de Nova York (Nybot) recuaram pelo quarto dia consecutivo por conta de especulações de que o excedente mundial aumentará ainda mais com a safra recorde do Brasil, maior produtor mundial da commodity.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou quinta-feira que a atual safra de cana-de-açúcar para as usinas crescerá 11% atingindo 468 milhões de toneladas. A produção de açúcar aumentará 3,6% para 31,3 milhões de toneladas. “As condições de cultivo parecem boas e a safra está indo bem. Existe um grande excedente no mercado”, disse Bernard Isler, analista da Trendex Commodity Corp. Por essa razão, o valor do contrato do açúcar mais negociado no pregão da Nybot caiu 39% nos últimos 12 meses.
No atual ano agrícola do açúcar que encerrará em 30 de setembro a produção mundial do produto vai superar a demanda em cerca de 9,2 milhões de toneladas, segundo a Organização Internacional do Açúcar (OIC), sediada em Londres.
Grãos
Notícias Relacionadas
Os contratos da soja com vencimento em agosto fecharam na Bolsa de Chicago (CBOT) sexta-feira a 824,75 centavos de dólar por bushel, valorizados em 1,3% em relação ao dia anterior. Na última semana de maio, a soja acumulou alta de 0,64%. De acordo com o analista da Agra-FNP, Fábio Turquino Barros, o mercado da oleaginosa foi marcado mais uma vez por muita volatilidade devido à atuação forte dos fundos de investimentos, inclusive dos novos, que ainda não atuavam com esse segmento. “Somando-se os contratos Futuros e de Opções, os fundos já ultrapassaram 116 mil contratos na posição comprada, números bem elevados para o mercado da soja”, avalia.
Barros acredita que os agentes vão continuar deixando o mercado vulnerável a liquidações caso as condições climáticas das lavouras americanas sejam favoráveis nos próximos dias.
O milho também se mostrou volátil na última semana, devido a necessidade de ajustes técnicos pelos fundos, movimento comum em final de mês. Os contratos do grão com vencimento em julho fecharam sexta-feira cotados a 386,75 centavos de dólar por bushel, uma queda de 0,89% em relação ao dia anterior e acumularam alta de 2,8% durante a semana.
