O porto pernambucano de Suape movimentou cerca de 30 mil toneladas de açúcar ensacado até o final de novembro. De acordo com a administração do complexo industrial e portuário, a movimentação total deste tipo de carga naquela unidade portuária deverá alcançar as 60 mil toneladas. A movimentação prevista deverá ser originária de uma única empresa, a Usina Trapiche. “Diferentemente dos outros portos, Suape tem uma vocação para
cargas contêineirizadas. Isto quer dizer que para cargas como as de açúcar, somente operamos com contratos fechados de movimentação mínima”, explica o presidente do complexo, Alexandre Albuquerque.
Segundo ele, a grande vantagem do porto de Suape está na fluidez dos embarques em função da proximidade das usinas produtoras de açúcar localizadas na Zona da Mata Sul de Pernambuco. “Esta proximidade também acarreta custos menores e a não necessidade da formação de estoques nas zonas de embarque”, observa. Segundo Albuquerque, estas vantagens já abriram um canal de negociação com uma outra usina, também localizada na Zona da Mata Sul, para o embarque de até 80 mil toneladas de açúcar.
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Para o superintendente da Usina Trapiche, Raul Bandeira Fernandes, a unidade pernambucana é a única ligada ao grupo Andrade Bezerra que exporta açúcar ensacado. A Usina Serra Grande, localizada em Alagoas, exporta apenas açúcar a granel através do Porto de Maceió. “Na safra passada exportamos cerca de 40 mil toneladas de açúcar através da Usina Trapiche. Para este ano, caso haja melhora no mercado internacional, esperamos ampliar o volume negociado no mercado internacional em até 1/3 quando em comparação com a
safra 2002/2003. Se não houver esta melhoria deveremos negociar praticamente o mesmo volume da safra anterior”, diz Fernandes.
As cargas da Usina Trapiche são destinadas, em sua maioria, aos países do Norte da África. Na safra 2002/2003 a unidade esmagou cerca de 950 mil toneladas de cana-de-açúcar. A previsão para esta moagem é de uma produção de 1,1 milhão de toneladas de cana.
