O etanol à base de álcool será a grande vedete nos próximos anos na matriz energética brasileira, na avaliação do presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. De acordo com os resultados preliminares do Balanço Energético Nacional 2007, com base em dados de 2006, a oferta interna de derivados da cana-de-açúcar já equivale a 14,4% da matriz energética, muito próxima ao percentual da energia hidráulica, de 14,6%. No ano passado, a produção de etanol no país chegou a 17,8 bilhões de litros, o que significou um crescimento de 10,8% em relação a 2005.
“As perspectivas para os próximos anos é que o etanol continue a ser uma vedete na matriz energética brasileira”, disse Tolmasquim. O presidente da EPE acrescenta que a tendência é que o etanol supere a hidroeletricidade. Uma das razões é a maior produção de álcool, mais a expansão do uso do bagaço da cana-de-açúcar para geração de eletricidade em usinas.
Segundo Tolmasquim, o plano decenal de energia elétrica, a ser revisado neste ano, vai prever mais álcool como combustível e a geração por meio do bagaço da cana.