No corte de um ponto percentual da taxa básica de juros da economia (Selic), anunciado ontem pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) acredita que “prevaleceu o desejo de cortar a Selic mais vezes no futuro à oportunidade de aquecer um pouco mais rápido o nível de atividade”.
Em nota à imprensa, o presidente da Fiesp, Horácio Lafer Piva, ressalta que “o Copom preserva amplo espaço para novos cortes de juros e acena para o setor produtivo uma lenta retomada da demanda doméstica. Os ânimos se manterão mornos e a taxa de desemprego pouco cederá”.
Segundo a entidade, enquanto o patamar mais baixo de juros que vigorou nos últimos anos se aproxima, “alguns pedem paciência, cautela, cortes menores e mais esparsos”, mas a Fiesp defende que o ambiente é favorável ao controle da inflação, lembra que a taxa de desemprego é recorde e que o poder de barganha está com o consumidor. “É hora de reescrevermos a história e testarmos níveis mais baixos de juros”, diz a nota.
A Fiesp ressalta que os novos investimentos “levarão em conta o ritmo e as perspectivas de crescimento, da demanda doméstica. Para quem pede que os empresários invistam, nós pedimos bases mais sólidas para um crescimento duradouro e a taxas elevadas. Este é o desafio que precisamos enfrentar em 2004”. (Fonte: Agência Brasil)